domingo, 16 de outubro de 2011

a condessa


título original. THE COUNTESS

realização e argumento.
julie delpy.
protagonistas.
julie delpy. william hurt. daniel brühl.


género.
biografia. drama histórico.
duração. 93 min
ano.
2009

sinopse. baseado na história da condessa báthory, cuja lenda reza que assassinou mais de 650 mulheres, foca-se nas razões que a terão transformado numa figura fria e brutal, que ficou para a história como a primeira assassina em série. [imdb-do-filme]



avaliação [ bom ]



crítica. a condessa é um filme baseado na vida de erzsébet báthory, que ficou na história como a condessa sangrenta (ou condessa drácula), e cuja lenda diz que para se manter jovem e radiosa, a aristocrata se banhava no e com o sangue de raparigas virgens, tendo assassinado para cima de 650 jovens.

apesar da segunda metade do filme se concentrar em explorar essa parte (notando-se um grande esforço para não cair no sensacionalismo, o que faz com sucesso), a primeira parte do filme apresenta-nos uma mulher culta e muito inteligente, que gere invejavelmente o seu património familiar, ao ponto de até o rei húngaro lhe dever dinheiro a certa altura.

o marido, ferenc násdady, é um guerreiro confesso e um aliado inestimável na luta contra os turcos, nunca parando em casa, sempre em campanha. dedicada aos filhos e à gestão dos bens, a condessa vê-se, perto dos quarenta anos, viúva e com os filhos encaminhados. nessa altura, entre os vários pretendentes para um segundo casamento, apaixona-se por um homem mais novo, mas as coisas não correm bem.

julie delpy está fantástica como a condessa, com uma classe e pose soberbas

a partir daqui, o que se segue é uma crise de meia-idade, com uma mulher com dificuldade em aceitar o envelhecimento (apesar de gracioso) e a partida do amante.

junte-se à receita muito intriga política e inveja da riqueza e prosperidade alheia e temos um filme de época sóbrio e bem conseguido, cujo único espalhafato reside na protagonista, que se transforma gradualmente numa figura fria e brutal, atraindo as piores intenções e sofrendo uma morte trágica, fruto da sua crueldade e fraco sentido da realidade.


este é o terceiro filme realizado por julie delpy (que protagoniza a condessa), que também escreveu o argumento e a banda sonora. com um elenco de qualidade, é um filme sólido e de bom gosto, apesar da morbidez do tema.

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. holy water is just dirty water .

. history is a tale told by the victors. who are the victors? barbaric warriors, mad kings, and greedy traitors .
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2 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Não me chame condessa, que me põe tensa!

barroca disse...

Mais tensa era difícil! Tipinha bera, esta condessa... ^^

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