domingo, 27 de novembro de 2011

127 horas

título original. 127 HOURS

realização.
danny boyle.
argumento. danny boyle. simon beaufoy.
protagonistas.
james franco. amber tamblyn. kate mara.

género.
drama. biografia.
duração. 94 min
ano.
2010

sinopse. história verídica da luta do montanhista aron ralston ao ficar preso num desfiladeiro. durante os cinco dias seguintes, ralston examina a sua vida e sobrevive, como pode, aos elementos. [imdb-do-filme]



avaliação
[ bom ]

crítica.
 
127 horas foi um dos candidatos aos óscares de 2011 e perdeu em todas as categorias a que concorreu, nomeadamente de melhor filme, melhor actor e melhor argumento adaptado.

o filme, apesar de forte, fica na memória como um documentário, apesar da interpretação estelar de james franco e da realização dinâmica de danny boyle. fica também uma mensagem de força e esperança, reforçando a ideia de que o ser humano consegue sobreviver em condições angustiantes e ultrapassa situações extraordinárias.

mais de 95% do filme é passado a olhar para a fronha do james franco


filmado intensamente e com uma história catártica, 127 horas é uma boa experiência cinematográfica que ilustra a fragilidade da vida e a sua efemeridade. aron ralston teve a sorte de se safar e aprendeu a valorizar os que o rodeavam e a pô-los à frente da próxima experiência de adrenalina. custou-lhe um braço.

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. this rock... this rock has been waiting for me my entire life. its entire life, ever since it was a bit of meteorite a million, billion years ago. it's been waiting, to come here. right, right here .

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

casei com uma assassina




título original. SO I MARRIED AN AXE MURDERER

realização.
thomas schlamme.
argumento. robbie fox.
protagonistas.
mike myers. nancy travis. brenda fricker.


género.
comédia.
duração. 93 min
ano.
1993

sinopse. um poeta averso ao compromisso conhece uma mulher e apaixona-se perdidamente, apenas para perceber que ela não é o que parece. [imdb-do-filme]



avaliação
[ bom ]

crítica.
 
casei com uma assassina é um clássico da comédia que vale sobretudo pela interpretação do carismático mike myers (que alguns anos depois criaria a personagem do inenarrável austin powers, parodiando a figura do espião sofisticado e imbatível).

o filme tem excelentes piadas sem ser brejeiro, e mantém um bom ritmo apesar da história pouco elaborada, onde um romântico cínico encontra a mulher perfeita que ele desconfia, mais tarde, ser uma assassina em série.

no ecrã desfilam personagens hilariantes, como o castiço pai do protagonista (um mike myers num papel duplo, muito bem caracterizado) e o estranho guia de alcatraz (o falecido phil hartman).

compreensivo e oportuno, este pai não é nada disso;
é o pesadelo de qualquer filho!

casei com uma assassina merece ser repescado para as estafadas matinés de fim-de-semana, entupidas com filmes muito batidos e piadas gastas. (re)vejam!

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. my name is john johnson but everyone here calls me vicki .

. i'm not kidding, that boy's head is like sputnik; spherical but quite pointy at parts! now that was offside, wasn't it? he'll be crying himself to sleep tonight, on his huge pillow
.

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sábado, 19 de novembro de 2011

os indesejados


título original. THE UNINVITED

realização.
charles guard. thomas guard.
argumento. craig rosenberg. doug miro. carlo bernard.
protagonistas. emily browning. elizabeth banks. arielle kebbel.

género.
thriller.
duração. 87 min
ano.
2009

sinopse. anna regressa a casa após o internamento numa clínica psiquiátrica, no seguimento da morte da mãe, para descobrir que a antiga enfermeira daquela ficou noiva do pai. [imdb-do-filme]

avaliação [ razoável ]


crítica.  os indesejados / the uninvited é o remake do filme coreano a tale of two sisters (vencedor do fantasporto 2004); o original é superior ao remake americano.

anna é uma jovem que regressa a casa após a morte trágica da mãe. internada durante meses numa instituição psiquiátrica, tem à sua espera uma dinâmica familiar diferente: o pai está noivo da enfermeira que cuidava da esposa acamada e a irmã mais velha, alex, avisa-a de que o pai não quer saber delas e só se preocupa com a sua jovem, e louraça, noiva, que alex acredita estar envolvida na morte da mãe de ambas.
 

o remake falhou em recriar o thriller psicológico denso original


o filme é interessante e bem interpretado, com anna a sentir-se vigiada e ameaçada pela futura madrasta e a tentar manter o equilíbrio quando tudo aponta que a ex-enfermeira é uma criminosa. no entanto, desenrola-se de uma forma muito banal e certinha, previsível q.b., só quebrada pela reviravolta final que, apesar de inteligente, não coloca o filme acima da mediania.

se ainda não tivesse visto o filme original, teria gostado mais deste, mas como aquele constrói uma narrativa mais envolvente e aterrorizadora (e não aposta num look tão obviamente teen) e desenvolve melhor a história, os indesejados / the uninvited salda-se como razoável.

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. i love you ... i have a condom .

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

conan, o bárbaro


título original. CONAN THE BARBARIAN

realização.
marcus nispel.
argumento. thomas dean donnely. sean hood. joshua oppenheimer.
protagonistas. jason momoa. ron perlman. stephen lang.

género.
aventura. fantasia.
duração. 113 min
ano.
2011

sinopse. esta é a história de conan, o cimério, e das suas aventuras em busca de vingança pelo assassinato do seu pai e pela destruição da sua aldeia. [imdb-do-filme]

avaliação [ fraco ]


crítica.  conan, o bárbaro é o remake do clássico dos anos 80, com o mega-hiper-musculado schwarzenegger, agora substituído pelo igualmente bem nutrido (e bem mais bonito) jason momoa.

goste-se ou não da personagem, este remake é muito, muito fraco. a história é desinspirada (a vingança do guerreiro que justifica inúmeras cabeças rachadas e membros sangrentos decepados) e uma colagem de ideias já muito batidas. os actores têm papéis pouco exigentes e limitam-se a aparecer envoltos em trapitos e a dizer frases curtas; os efeitos especiais convidam ao bocejo.

estes são os esquisitóides que conan vai (obviamente) derrotar


o filme de aventura que consegue ser aborrecido é um feito e é a única coisa assinalável em conan, o bárbaro, se não contarmos com o protagonista (que interpreta khal drogo no fabuloso game of thrones), capaz de manter uma espectadora interessada ao longo de hora e meia, tarefa facilitada se tirarmos o som.

um projecto falhado, conan, o bárbaro não cativa, não interessa nem ao menino jesus e é um dos piores filmes que vi ultimamente.
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. when a cimmerian feels thirst, it is a thirst for blood. when he feels cold, it is the cold edge of steel. for the courage of a cimmerian is tempered: he neither fears death... nor rushes foolishly to meet it. to be a cimmerian warrior, you must have both cunning and balance as well as speed and strength .

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

o lago perfeito


título original. EDEN LAKE

realização e
argumento. james watkins.
protagonistas. kelly reilly. michael fassbender. finn atkins.

género.
thriller. terror.
duração. 91 min
ano.
2008

sinopse. jenny e steve planeiam passar o fim-de-semana num belo e recatado lago, longe da cidade. o casal desfruta do sossego até que este é interrompido por um grupo de adolescentes ruidosos. quando steve confronta o grupo, um acumular de situações transforma o fim-de-semana idílico numa luta pela vida. [imdb-do-filme]

avaliação [ muito bom ]


crítica.  o lago perfeito / eden lake é uma mistura hábil de thriller e terror. tirando a parte de introdução à história, é puro sumo, com cenas electrizantes onde dá vontade de intervir, tal é a forma como puxa o espectador para a história.

a acção passa-se numa zona idílica, perto de um lago, onde o casal de namorados jenny e steve desfruta de um fim-de-semana romântico. inicialmente sozinhos, e satisfeitos com isso, vêem o espaço invadido por um grupo de jovens barulhentos e arruaceiros, com quem a boa educação não parece funcionar.

jenny está determinada a ignorá-los mas steve compra uma luta ao tentar comunicar com o grupo e não tarda a que os miúdos os escolham como alvo de brincadeiras maldosas, no que acaba por se tornar uma luta sanguinária pela sobrevivência. 

não adianta ser bonito, bem formado e educado; contra a estupidez pouco resulta

o filme consegue revoltar e indignar, e a culpa é do grupo de actores juvenis que proporcionam aos protagonistas uma verdadeira descida aos infernos, num redemoinho de cenas perturbantes.
 
o filme cativa e mantém-nos colados ao ecrã, numa hora e meia acelerada e cheia de emoção. o que mais se pode pedir de um thriller cheio de gore, encimado com uma cereja no topo do bolo no final?

muito bom.

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. follow the blood !

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

os miseráveis



título original. LES MISÉRABLES

realização.
bille august.
argumento.
rafael yglesias.
protagonistas. liam neeson. geoffrey rush. uma thurman.

género.
drama histórico.
duração. 134 min
ano.
1998

sinopse. frança pós-revolução. jean valjean cumpriu 19 anos de trabalhos forçados por roubar um pão. quando é libertado, começa uma nova etapa e torna-se um homem respeitável e honesto. mas o passado volta para o assombrar na figura de javert, um antigo guarda prisional. [imdb-do-filme]

avaliação [ muito bom ]


crítica.  os miseráveis é uma das muitas adaptações cinematográficas da obra homónima de victor hugo. nunca li o livro nem vi qualquer outra adaptação, mas fiquei rendida à história e às personagens.

a acção passa-se na frança pós-revolucionária, onde a sociedade está longe de estar estruturada de acordo com os princípios de igualdade, liberdade e fraternidade. o fosso social é gigântico e o povo luta pela sobrevivência, onde um tecto e comida garantem-se dia após dia.

jean valjean vagueia pela rua, recém-saído da prisão duas décadas passadas. revoltado e esfomeado, é acolhido por um religioso que lhe ensina o valor da bondade e do perdão e o recupera para a comunidade.
 

anos mais tarde, valjean é um homem próspero e influente na cidade de vigau, mas esconde o seu passado de ex-condenado. quando o seu antigo carcereiro é destacado para vigau como inspector da polícia, os dois homens lutam por fazer valer o seu poder mas valjean é forçado a fugir, perseguido sem misericórdia pelo implacável javert.

geoffrey rush rouba todas as cenas em todos os filmes em que
aparece e aqui repete a dose

há outras personagens e histórias que, ao longo de duas horas de filme, nos entretêm e maravilham. os diálogos são muito bons, espirituosos por vezes, e há quadros de amor e bondade, e também de muita miséria e maldade.

um clássico em muitos aspectos da narrativa,
os miseráveis tem uma mensagem lúcida e bastante presente, como que em jeito de moral. o homem bom é muito bom e o homem mau é muito mau, mas victor hugo construiu personagens envolventes que passam por situações muito realistas, o que nos permite ignorar alguns clichés.

é um filmão, vejam.


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. i'm a man who... what's the word for it? i'm one of those people who doesn't eat every day. i'm... i'm hungry, that's the word.

. jean valjean my brother you no longer belong to evil. with this silver, i have bought your soul. i've ransomed you from fear and hatred, and now i give you back to god
.

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

os substitutos

título original. THE SURROGATES

realização.
jonathan mostow. argumento. michael ferris. john brancato.
protagonistas. bruce willis. ving rhames. radha mitchell.

género.
ficção científica. thriller.
duração. 89 min
ano.
2009

sinopse. os agentes greer e peters investigam um assassinato relacionado com o homem que ajudou a criar um fenómeno de "substituição" tecnológico que permite às pessoas comprar perfeitas versões robóticas de si próprias controladas por telecomando, que posteriormente assumem as suas vidas. o homicídio desencadeia uma investigação para obter respostas: num mundo de máscaras, quem é real? e em quem é que se pode confiar? [imdb-do-filme]

avaliação [ razoável ]


crítica.  os substitutos tem, a meu ver, uma ideia bastante interessante: cada ser humano tem um robot que o representa - um substituto -, no seu ideal de beleza e saúde, impecável e aperaltado, e que vive a sua vida por si, enquanto a pessoa fica em casa, de pijama ou fato de treino, ligado a uma cadeira estimuladora. não vive, deixa que robot "perfeito" ande por si, fale por si, aja por si. em todo o mundo, a esmagadora maioria da população vive assim, embora haja alguns resistentes, que se organizam em comunidades e insistem em não viver através de máquinas.

quando o filho do inventor dos substitutos é assassinado, os agentes do fbi greer e peters são destacados para a investigação, naquele que é o primeiro homicídio em muitos anos, descobrindo que há um plano para restabelecer a humanidade e erradicar os robots.

bruce willis na versão de louro tóninho!

com esta situação, coincide a vontade da personagem de bruce willis de parar de usar um robot, restaurando a espontaneidade e emoção que tinha no seu casamento, abalado pela morte do filho, ainda criança.

apesar de parecer apetecível, e o ser ao início,
os substitutos é um filme falhado porque promete e não cumpre. o facto de ser um blockbuster arruinou o potencial de culto. não tem a ver com os actores mas sim como a história é conduzida, limitada, por exemplo, pelo final títpico. uma pena, pois podia ser um filmão.

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. look at yourselves. unplug from your chairs, get up and look in the mirror. what you see is how god made you. we're not meant to experience the world through a machine .

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

não sei como ela consegue


título original. I DON'T KNOW HOW SHE DOES IT

realização.
douglas mcgrath.
argumento. aline brosh mckenna.
protagonistas.
sarah jessica parker. pierce brosnan. greg kinnear.


género.
comédia.
duração. 89 min
ano.
2011

sinopse. kate trabalha numa instituição financeira, tem dois filhos e o seu dia não tem horas que chegue, ainda mais para quem quer manter-se no topo de uma empresa exigente. desde as empadas caseiras que tem de fazer para a filha levar para a escola até lembrar-se de verificar o dow jones e arranjar tempo para sexo, kate vive numa constante corrida contra o tempo. [imdb-do-filme]

avaliação [ razoável ]

crítica.
 
não sei como ela consegue marca o regresso de sarah jessica parker ao grande ecrã depois do segundo filme de o sexo e a cidade, no papel de uma executiva de sucesso que se esforça por equilibrar a sua vida profissional e familiar, ambas agitadíssimas.

apesar do tom de comédia, o filme é uma sombra dentro do género, inundado de clichés e cenas mornas, que nem um elenco competente (brosnan, hendricks, kinnear) consegue salvar da mediocridade.

sarah jessica parker é uma figura simpática e cria empatia, com uma legião de fãs desde que aceitou interpretar carrie bradshaw em o sexo e a cidade, mas, no filme, as situações são todas elas muito previsíveis e sem graça e nem a santa da casa consegue fazer milagres ou aguentar o filme inteiro apenas com um punhado de cenas melhor conseguidas.

ela não é a miss universo, mas há momentos em que a sarah se revela
extremamente feia... este é um deles!

não sei como ela consegue é um filme "inho inho" que se esquece pouco depois de acabar, um típico filme de matiné de domingo.

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. a mother of a one-year-old boy is a movie star in a world without critics .

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