título original. 78/52.
género. documentário.
duração. 1h 31min
ano. 2017
realização e argumento. alexandre o. philippe.
protagonistas. marli renfro. tere carrubba. alfred hitchcock. jamie lee curtis. janet leigh.
protagonistas. marli renfro. tere carrubba. alfred hitchcock. jamie lee curtis. janet leigh.
sinopse. uma análise minuciosa de uma das cenas mais icónicas do cinema: o assassinato de marion crane em psycho. [imdb]
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depois de psycho, a "bomba" de 1960 de alfred hitchcock, o cinema não mais seria o mesmo. nomeado para quatro óscares da academia, a
famosa cena do chuveiro continua icónica; a cena, de cinco minutos e que demorou sete dias a gravar, consistiu em 78 ângulos de câmara e 52 cortes, daí o nome do documentário.
durante uma hora e meia, realizadores, actores, produtores, músicos, editores (entre os quais peter bogdanovich, guillermo del toro, jamie lee curtis e danny elfman) dissecam e discutem a famosa cena do duche, analisando a sua inovação e impacto imediatos e ao longo dos tempos. basicamente, resume-se a um grupo de geeks que discutem os vários aspectos e alguma trivia de um dos seus filmes favoritos, algo que qualquer amante do cinema fez ou faz no seu círculo de amigos e camaradas cinéfilos.
e assim começa o horror...
78/52 analisa o filme pela perspectiva desta mesma cena, onde a personagem de janet leigh é assassinada. leigh já era uma estrela de hollywood na altura e matar aquela que se cria ser a protagonista meia hora após o início da acção foi inédito na altura.
outros moldes foram quebrados aquando da exibição do filme: ninguém podia entrar na sala após o filme começar; não houve intervalo durante a exibição do filme para manter o clima de suspense; foi constantemente relembrado aos espectadores que não revelassem o final a quem não tivesse visto o filme. isso e todos os aspectos técnicos e narrativos do filme - e foram vários, conforme atestamos pelo documentário - mudaram a história do cinema para sempre.
hitchcock teve ainda de "lutar" com o comité de regulação dos filmes para se assegurar que várias cenas do filme se mantinham, devido à nudez na cena do duche e algumas cenas românticas com nuances sexuais consideradas inadequadas na altura.
usou ainda uma dupla de corpo de janet leigh, marli renfro, que era uma coelhinha da playboy e posaria para a capa de setembro do mesmo ano; quase todas as cenas em que não se vê a cara de leigh serão de renfro (rabiosque, ventre, coxas, os planos quando o corpo tomba da banheira).
este take não pode ter sido confortável de filmar!
o documentário foi filmado a preto e branco, à semelhança de psycho.
para mim, quase todos os pormenores e histórias foram novidade. desconheço se um estudante de cinema ou um profissional da sétima arte lhe encontrará semelhante riqueza.
independentemente disso, qualquer amante de hitchcock ou de cinema em geral tem em 78/52 uma pepita, seja ao longo da hora e meia de duração ou condensado nos vários minutos dedicados aos vários aspectos do filme (argumento, banda sonora, edição,etc.).
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the death of a beautiful woman is, unquestionably, the most poetical topic in the world.
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