[ bom ]
título original. the batman.
género. acção. crime. thriller.
duração. 2h 56min
ano. 2022
realização. matt reeves.
argumento. matt reeves. peter craig.
protagonistas. robert pattison. zoë kravitz. colin farrell. paul dano. jeffrey wright. andy serkis. john turturro.
protagonistas. robert pattison. zoë kravitz. colin farrell. paul dano. jeffrey wright. andy serkis. john turturro.
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a acção de the batman passa-se no
segundo ano de bruce wayne como o vigilante mascarado.
quando um indivíduo que assina como enigma começa a matar vips e a deixar mensagens para o homem-morcego, este aplica os seus dotes de detective para descobrir e apanhar o culpado, ao mesmo tempo que se apercebe da extrema corrupção que infesta a cidade. há
uma tónica no lado de detective do homem-morcego que funciona, com a resolução dos
enigmas a requererem capacidades intelectuais que os polícias locais não
possuem.
é uma missão solitária, pois tirando o detective jim gordon, batman não tem aliados.
o realizador matt reeves escreveu o argumento em co-autoria com peter craig, mas li que the batman é o seu projecto. li ainda que este será o primeiro filme de uma nova trilogia.
vários dias após ver o filme, alguns pormenores permanecem, quase todos visuais.
a gotham de matt reeves é apropriadamente sombria e underground para um thriller envolvente de quase três horas, pontuado com assassinatos, corrupção e crime organizado. grande parte das cenas passam-se à noite, debaixo de chuva torrencial, e os dias são cinzentos, mantendo o tom soturno do filme. os primeiros minutos da fita, com o batman como narrador, cria um ambiente de sobressalto perfeito, "brincando" habilmente com as sombras e a escuridão - aliás, toda a fotografia do filme (a cargo de greig fraser) é excelente.
o batman de robert pattison é motivado por um desejo de vingança mais do que pelo desejo de uma gotham melhor, atormentado ainda pela morte violenta dos pais quando criança.
extremamente
expressivo e envolvente quando encarna batman, pattison é, na minha opinião, menos bem conseguido sem a máscara e o fato (espectacular!), retratando um bruce wayne (esteticamente) demasiado emo para o meu gosto pessoal.
não é que prefira o retrato do mulherengo dos filmes passados,
embora essa seja a imagem que bruce wayne cultiva para evitar qualquer suspeita que possa ser ele o batman; mas o cabelo e o
beicinho não funcionam bem, embora seja fácil de antecipar uma imagem
mais sofisticada em filmes futuros, à medida que o batman ganha
popularidade em gotham e o multimilionário bruce wayne ganhe mais
à-vontade na pele do seu alter-ego e da sua extensa fortuna.
Fonte: Google Search Engine |
outro ponto positivo neste novo batman é a quase ausência de gadgets futuristas (tirando umas lentes de contacto à james bond) e as cenas de acção e de combate, revelando um batman intrépido e bastante físico.
por outro lado, gostei menos da forma como o submundo do crime organizado é retratado, servindo mais para encher cenas. por que não desenvolveram mais algumas cenas sobre a droga da moda, tomada sob a forma de solução ocular? poderiam ter sido dispensados alguns minutos extra a desenvolver este aspecto, quiçá encurtando outros.
o
novo elenco é talentoso e diverso: gostei da nova catwoman, mais
independente e terra-a-terra do que as anteriores - embora a história da
trabalhadora da noite seja batida e não ache que haja grande química entre os actores (reconheço que é difícil chegar ao nível de michelle pfeiffer e michael keaton, no filme de 1989) -; o novo alfred aparece pouco mas
reforça o papel paternal e cuidador que tem na vida de bruce wayne;
colin farell está irreconhecível como penguin (e tive pena que não
aparecesse em mais cenas e o tenham utilizado mais como comic relief do que como crime boss) e paul dano interpreta um vilão arrepiantemente tresloucado.
no entanto, achei as relações entre as personagens um pouco superficiais e a história não me envolveu tanto como na trilogia de nolan (mais uma vez, reconheço que é uma tarefa muito difícil). as cenas finais deixaram-se resvalar um pouco para o cliché.
com quase três horas, esta é, presentemente, a adaptação mais longa do justiceiro batman. percebo as escolhas feitas em termos de argumento, mas esperava mais impacto emocional. é um bom filme mas tem fragilidades que são, talvez, propositadas, a pensar na(s) sequela(s) pela mesma equipa de argumentistas e realizador. a ver.
the batman salda-se numa adaptação inteligente do mítico homem-morcego, onde (quase) todas as inovações funcionam.
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. what's black and blue and dead all over? you .
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