quarta-feira, 19 de outubro de 2011

o panda do kung fu 2

título original. KUNG FU PANDA 2

realização.
jennifer yhu.
argumento. glenn berger. jonathan aibel.
protagonistas (vozes). jack black. angelina jolie. gary oldman. dustin hoffman. jackie chan. lucy liu.

género.
animação. comédia.
duração. 91 min
ano.
2011

sinopse. po vive o seu sonho como guerreiro dragão ao lado dos seus companheiros mestres do kung fu, os cinco sensacionais. mas a nova vida de po é ameaçada pela aparecimento de um vilão, que planeia usar uma arma terrível para conquistar a china e destruir o kung fu. [site-do-filme]


avaliação
[ razoável ]

crítica.  o panda do kung fu 2 é uma sequela bem conseguida, não alcançando a graça e qualidade do primeiro filme mas garantido uma hora e meia bem passada.


o gorducho panda regressa para enfrentar um pavão que quer conquistar a china e acabar com o kung fu (hmm...); entretanto, descobre que é adoptado (alguém tinha dúvidas?) e procura descobrir mais coisas sobre as suas origens, o que não é o melhor timing. mas com a ajuda dos seus companheiros, consegue salvar o dia.

as piadas estão lá, há muita comédia física e a mensagem da família e da amizade são bem passadas. as personagens do panda, do vilão shen e de ping (o pai adoptivo de po) são bem exploradas e são o ponto alto do filme. embora a história seja batida, as sequências de acção enchem o olho e os efeitos visuais são cheios de cor e movimento, bem dinâmicos.




carantonhas expressivas e muitas piadas nonsense garantem um filme bem-disposto

o panda do kung fu 2 é um filme engraçado que agradará e miúdos e graúdos, garante de uma sessão de cinema leve e divertido.

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.
tigress: i hope this turns out better than your plan to cook rice in your stomach by eating it raw and then drinking boiling water ...


. mantis: i didn't have any problems with my dad. maybe it's 'cause mom ate his head before I was born ...

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domingo, 16 de outubro de 2011

a condessa


título original. THE COUNTESS

realização e argumento.
julie delpy.
protagonistas.
julie delpy. william hurt. daniel brühl.


género.
biografia. drama histórico.
duração. 93 min
ano.
2009

sinopse. baseado na história da condessa báthory, cuja lenda reza que assassinou mais de 650 mulheres, foca-se nas razões que a terão transformado numa figura fria e brutal, que ficou para a história como a primeira assassina em série. [imdb-do-filme]



avaliação [ bom ]



crítica. a condessa é um filme baseado na vida de erzsébet báthory, que ficou na história como a condessa sangrenta (ou condessa drácula), e cuja lenda diz que para se manter jovem e radiosa, a aristocrata se banhava no e com o sangue de raparigas virgens, tendo assassinado para cima de 650 jovens.

apesar da segunda metade do filme se concentrar em explorar essa parte (notando-se um grande esforço para não cair no sensacionalismo, o que faz com sucesso), a primeira parte do filme apresenta-nos uma mulher culta e muito inteligente, que gere invejavelmente o seu património familiar, ao ponto de até o rei húngaro lhe dever dinheiro a certa altura.

o marido, ferenc násdady, é um guerreiro confesso e um aliado inestimável na luta contra os turcos, nunca parando em casa, sempre em campanha. dedicada aos filhos e à gestão dos bens, a condessa vê-se, perto dos quarenta anos, viúva e com os filhos encaminhados. nessa altura, entre os vários pretendentes para um segundo casamento, apaixona-se por um homem mais novo, mas as coisas não correm bem.

julie delpy está fantástica como a condessa, com uma classe e pose soberbas

a partir daqui, o que se segue é uma crise de meia-idade, com uma mulher com dificuldade em aceitar o envelhecimento (apesar de gracioso) e a partida do amante.

junte-se à receita muito intriga política e inveja da riqueza e prosperidade alheia e temos um filme de época sóbrio e bem conseguido, cujo único espalhafato reside na protagonista, que se transforma gradualmente numa figura fria e brutal, atraindo as piores intenções e sofrendo uma morte trágica, fruto da sua crueldade e fraco sentido da realidade.


este é o terceiro filme realizado por julie delpy (que protagoniza a condessa), que também escreveu o argumento e a banda sonora. com um elenco de qualidade, é um filme sólido e de bom gosto, apesar da morbidez do tema.

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. holy water is just dirty water .

. history is a tale told by the victors. who are the victors? barbaric warriors, mad kings, and greedy traitors .
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

o vírus assassino


título original.
THE STAND (mini-série tv)

criado por.
stephen king.

elenco principal. stu redman (gary sinise). frannie goldsmith (molly ringwald). randall flagg (jamey sheridan). mother abigail (ruby dee). nick andros (rob lowe). nadine cross (laura san giocomo).


género. drama. terror.
ano.
1994

episódios. 04 (366 min)

sinopse. quando um vírus mortal dizima quase toda a população, os sobreviventes dividem-se em dois grupos: aqueles que seguem a bondosa mãe abigail e os que seguem randall flagg, um misterioso ser com a intenção de governar o mundo. a batalha final entre o bem e o mal torna-se inevitável. [imdb-da-série]


avaliação
[ fraco ]

crítica.  the stand  é a adaptação televisiva do livro homónimo de stephen king, tido como um dos seus melhores livros. eu não o li, mas acredito (e espero) que seja bastante melhor que a mini-série. datada dos anos 90, é formada por 4 episódios, que dividem a acção da história: the plague, the dreams, the betrayal e the stand.



apesar de tratar de um cenário pós-apocalíptico, em que um vírus extermina a grande maioria da população, sobrando umas poucas centenas de pessoas auto-imunes, este é somente o pano de fundo para a mensagem que stephen king quer passar.
até aqui tudo bem, porque abdico de efeitos especiais e eye candy em prol de um bom argumento.

o argumento é bom... mas descobri que também não chega se for só isso a aguentar tudo o resto. antes de mais, apesar de ser de 1994, todo o aspecto global soa a falso. desde os diálogos à cenografia, o que só posso atribuir a um orçamento limitado, passando pela escolha de alguns actores (e respectivo guarda-roupa), há cenas que são ridículas e dão para rir, o que cai mesmo mal quando estamos em clima de grande dramatismo (mas sai-nos uma gargalhada porque é mau demais). isto acontece muitas vezes em todos os episódios.


mesmo assim, vi-os a todos, à espera que ficasse um pouco melhor, o que não aconteceu. e quando o final chegou (a derradeira batalha do bem contra o mal), fiquei com a sensação (rara) de que perdi uma meia dúzia de horas à pala de uma série que mais parece uma caricatura de filmes beras
.

no final, salva-se alguma coisa: fica a vontade de ler o livro de king que originou uma mini-série para esquecer, verdadeiramente deplorável.


nota: este ano, saíram notícias sobre uma adaptação do livro ao cinema, quiçá uma trilogia. valha-nos o altíssimo.

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. randall flagg: it is therefore required you watch this execution... those of you with small children are excused .


. randall flagg: come down and eat chicken with me beautiful. it's soooooo dark .


. harold:
i spent most of my life feeling like the only cro magnon in a herd of thundering neanderthals .
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

meia-noite em paris


título original. MIDNIGHT IN PARIS

realização e argumento.
woody allen.
protagonistas.
owen wilson. marion cottilard. kathy bates.


género.
comédia. romance.
duração. 94 min
ano.
2011

sinopse. um casal de noivos viaja até paris com a família, e durante a sua estadia vai viver um conjunto de experiências que lhes muda a vida. [site-oficial-do-filme]

avaliação [ bom ]



crítica.  meia-noite em paris traz-nos de volta um woody allen em boa forma. os seus argumentos são sempre credíveis e os seus diálogos invejáveis. é tudo tão natural e realista que cada filme é garante de bom cinema. a isto junta-se sempre um leque de actores conceituados, que dão mais peso ao filme mas onde também temos oportunidade de os vermos num registo diferente.

neste filme, conhecemos gil e inez, um casal de casamento marcado, que viaja até paris com a família dela, que por acaso embirra com o noivo. ao início, ainda tentam fazer actividades juntos, mas percebe-se que o ambiente é sempre muito tenso e forçado. a juntar a isso, os noivos não convivem harmoniosamente, com inez a menosprezar as aspirações literárias de gil e irritada com as propostas deste de se mudarem para paris.

assim, gil, prefere passear por paris sozinho, à noite, sonhando com os anos 20 da cidade, os quais considera o período áureo, numa época onde paris efervescia com o charleston, a música de cole porter e o convívio conjunto de personalidades icónicas como hemingway, dalí e pablo picasso. tanto sonha com isso que se vê transportado para lá, vivendo uma experiência que lhe muda a vida radicalmente.

são escassos os minutos em que aparece, mas brody arrebata-nos!

uma das coisas que me atrai no cinema de woody allen é a naturalidade com que mistura o peculiar com o caricato, envolto em graça e descontracção. por mais questionáveis que sejam as situações, aceitamo-las com naturalidade e vemos o desenrolar com gosto.

meia-noite em paris é um filme a ver, bem disposto mas com uma mensagem que dá que pensar: vivemos na ilusão que o passado foi muitas vezes melhor que o presente, ao ponto de não investirmos neste, mesmo que a nossa felicidade se ressinta.

recomendo.


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. you always take the side of the help. that's why daddy says you're a communist .

. that's what the present is. it's a little unsatisfying because life is unsatisfying
.

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sábado, 8 de outubro de 2011

kill bill 2


título original. KILL BILL: VOL. 2

realização e argumento.
quentin tarantino.

protagonistas. uma thurman. michael madsen. david carradine.

género.
thriller. acção.
duração. 136 min
ano.
2004

sinopse. depois de eliminar dois inimigos mortais no primeiro filme, "a noiva" concentra-se em acabar com as restantes três pessoas e completar a sua vingança, deixando bill para último. [imdb-do-filme]


avaliação
[ obra-prima ]

crítica.  kill bill 2 é o segundo e último filme da saga kill bill e encheu-me completamente as medidas, colmatando algumas falhas do primeiro filme.

o que kill bill - a vingança tinha de violento (uma carnificina visual), dinâmico e urgente, aliado a uma falta de aprofundamento das personagens foi remediado neste segundo filme, muito mais profundo e rico. o argumento continua centrado na história d’a noiva, deixada para morrer no altar de uma igreja no meio de nenhures pelos seus antigos companheiros do viper assassination squad e o cabecilha bill.

quatro anos passados, "a noiva" acordou do estado de coma e faz uma lista dos seus carrascos, eliminando-os um a um – para o final, fica o big boss man: bill, até então seu mentor, amante e figura paterna.

kill bill 2 está cheio de revelações e supresas: por que razão a “icebérguica” elle driver usa uma pala no olho direito, o nome verdadeiro d’a noiva, a razão por que bill ordenou o massacre no casamento, o momento de epifania da protagonista quando descobre que está grávida (e a cena fantástica que serve de fundo). tudo isto se conjuga para ajudar ao crescendo que é a cena mais esperada: o confronto final de bill e "a noiva", numa mistura de vingança, sobrevivência do mais forte, arrufo de amantes e reeencontro familiar, com destaque para a analogia homem/super-homem, verdadeiramente brilhante.

uma thurman é um anjo da morte, com um papel bem mais exigente na segunda parte, não (a)parecendo apenas como uma mulher com sede de vingança – há toda uma capacidade de demonstrar emoção verdadeiramente notável. david carradine também é fabuloso como bill, de uma tranquilidade e maturidade invejáveis, com uma letalidade latente no gesto e no olhar.

não se metam com uma mulher perita na arte de bem matar!

tarantino não cola os personagens aos estereótipos habituais, e na figura do vilão isso causa grande impacto; não deixamos de querer mal a bill mas vacilamos quando vemos a ternura paternal que o toma no contacto com a filha.

por último, uma referência à banda sonora (de se lhe tirar o chapéu… à cowboy) e à mistura hábil de elementos característicos e caracterizadores de películas western e de karaté; as cores, as sombras, os movimentos da câmara, os tiques de pai mei, as deixas de desafio entre oponentes. très bon.

comparado com o que disse do 1º filme, é facílimo de perceber que gostei bastante mais deste. são filmes diferentes que se complementam assombrosamente. vê-los seguidos é uma experiência cinematográfica fantástica; a saga de kill bill tem carimbo de clássico.


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. white women call this the silent treatment... and we let 'em think we don't like it .


. you know, i've always liked that word "gargantuan", i so rarely have the opportunity to use it in a sentence .

. you're going to have to let him warm up for you. he hates caucasians, despises americans, and has nothing but contempt for women, so in your case, that may take a little while .

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

kill bill - a vingança



título original. KILL BILL: VOL. 1

realização e argumento.
quentin tarantino.

protagonistas. uma thurman. daryl hannah. david carradine.

género.
thriller. acção.
duração. 111 min
ano.
2003

sinopse. "a noiva" integrava um grupo de assassinas profissionais até ao dia em que decidiu assumir uma nova identidade e casar-se. no dia do seu casamento, o seu chefe aparece e dá-lhe um tiro na cabeça, deixando-a em coma. quatro anos depois, "a noiva" acorda e quer vingança. [imdb-do-filme]


avaliação
[ muito bom ]

crítica.  kill bill está dividido em duas partes. este é o primeiro filme, que abre com "a noiva" a ser baleada no dia do seu casamento, uma vítima entre o massacre que o gang de bill leva a cabo. deixada sem assistência médica, entra em coma, de onde só acorda alguns anos depois, sedenta de vingança.

neste seguimento, não faltam membros a serem decepados e muitos repuxos de sangue. na maioria das vezes, assistimos à carnificina com algum agrado, à medida que "a noiva" vai deitando por terra cada um dos seus atacantes. uma thurman está bem melhor do que julguei possível e daryl hannah ressuscitou a carreira estagnada nos breves momentos que aparece.

p'ró natal, de presente, eu quero que seja... uma pussy wagon!


a acção é acompanhada de uma banda sonora interessante. o ambiente global de kill bill - a vingança, uma notória sátira aos western spaghetti, agradou-me bastante e as subtilezas humorísticas também, assim como os diálogos inteligentes, apanágio de tarantino. não é qualquer um que escreve e realiza um filme que mistura cartoons animados (tipo manga) com gente real num clima surrealista, macabro q.b. e com  violência a rodos e embrulha tudo com mestria e nos dá um filme quase genial. tarantino fá-lo.

no final do filme, urge passar ao volume 2, o que diz tudo.


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. bitch, you can stop right there. just because i have no wish to murder you before the eyes of your daughter, does not mean parading her around in front of me is going to inspire sympathy. you and i have unfinished business. and not a goddamn fuckin' thing you've done in the past four years, including getting knocked up, is going to change that .

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domingo, 2 de outubro de 2011

a tempestade do século


título original. STORM OF THE CENTURY

realização.
craig r baxley.
argumento. stephen king.
protagonistas. tim daly. colm feore. jeffrey demunn.

género.
thriller. terror.
duração. 260 min (3 episódios)
ano.
1999

sinopse. little tall é uma pequena cidade, numa ilha, prestes a receber uma violenta tempestade de neve. ao mesmo tempo, andre linoge, um forasteiro, chega à cidade. o homem parece saber tudo sobre todos e diz que apenas partirá quando lhe derem o que quer. [imdb-da-série]


avaliação
[ muito bom ]

crítica.  a tempestade do século tem o carimbo de stephen king, o que neste caso equivale a dizer que estamos perante uma série de encher o olho (num bom sentido); aliás, é raro uma mini-série ser tão interessante e bem feita. nenhum minuto é desperdiçado, o suspense é muito bem trabalhado e o final é electrizante.

little tall fica numa ilha ao largo da costa de maine e prepara-se para receber duas coisas que alterarão a vida dos seus habitantes: uma violenta tempestade e andré linoge, um forasteiro que fala por enigmas e parece conhecer as más acções de todos aqueles com quem se cruza, castigando alguns deles.

quando confrontado com as suas acções, linoge limita-se a dizer "give me what i want and i'll go away" sem explicar o que quer, deixando a cidade em polvorosa, a braços com dois fenómenos assustadores. à medida que a acção avança, vamos percebendo que a escolha de little tall não foi aleatória.

não se deixem iludir pela aparência, este tipo é do piorio!


eu vi todos os 3 episódios numa tarde, seguidos, e foi um regalo ver uma galeria de personagens tão ricas e interessantes, numa acção em crescendo que culmina na altura certa. não há sangue mas a tensão abunda, mais eficaz do que qualquer susto calculado.

o elenco é muito bom (colm feore arrasa como linoge), os efeitos especiais não estão mal para a altura e a história é tão boa como complexa. apenas no final nos apercebemos da real dimensão do que aconteceu e da riqueza de todo o argumento. houvessem mais séries assim!

se alguma vez puderem ver esta jóia, não deixem passar a oportunidade.

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. born in lust, turn to dust. born in sin, come on in .

. the good is an illusion. little fables folks tell themselves so they can get through their days without screaming too much
.

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