título original. the last voyage of the demeter.
género. terror.
duração. 1h 58 min
ano. 2023
protagonistas. corey hawkins. aisling franciosi. liam cunningham. david dastmalchian. jon jon briones. woody norman. javier botet.
este novo filme sobre a figura de drácula, realizado por andré øvredal, aborda um dos capítulos do clássico de 1897 de bram stoker, onde se reproduz o diário de bordo escrito pelo comandante do navio demeter, que deu à costa sem a tripulação.
a bordo, o vampiro assombra a tripulação da embarcação responsável por transportar o caixão que o contém, assim como vários outros, cheios de terra do seu castelo na transilvânia.
a ideia é mostrar uma versão do que poderia ter passado a bordo, na viagem entre a roménia e a inglaterra. várias das adaptações ao cinema do clássico de terror de stoker têm sequências passadas no demeter, caso do nosferatu de murnau (1922), e do drácula de john badham (1979).
um site informa que o filme esteve duas décadas em desenvolvimento, numa roda-viva de realizadores e argumentistas. em drácula: o despertar do mal (cujo título original é o apropriado the last voyage of the demeter), øvredal é liberal na galeria de personagens: há uma criança entre a tripulação - o neto do comandante -, e há uma jovem encontrada num dos caixões cheios de terra. no centro da trama, temos clemens, um médico negro formado em cambridge mas impedido de exercer devido à cor da pele.
a restante tripulação divide-se entre supersticiosos a vociferarem sobre a maldição de uma mulher a bordo e marinheiros duros que não se assustam com pouco. são pouco desenvolvidos, o que dificulta uma relação mais próxima com o espectador - são carne para canhão.
os ventos e correntes fortes do tempo carregam o ambiente, e à medida que a tripulação vai sendo alvo da fome do vampiro, o capitão elliot (liam cunningham, o onion knight de game of thrones) torna-se obcecado pela sobrevivência do demeter.
o realizador andré øvredal descreveu a fita como alien - o 8.º passageiro (1979) a bordo de um navio em 1897, apesar de o mesmo não ser ridley scott nem o seu filme conseguir alcançar a tensão, terror e claustrofobia do clássico de ficção científica (e um dos meus filmes preferidos).
drácula: o despertar do mal é fraco em atmosfera e suspense, e repetitivo na construção do terror. o final é fraco. o elenco faz o que pode.
fica a adição aos mais de 60 filmes sobre o conde drácula.
quem é fã do (sub)género, vai ver o filme no matter what. se é o caso, preparem-se para o esquecer rapidamente.
. a boat without rats - such a thing is against nature .
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