domingo, 18 de dezembro de 2011

predador



título original. PREDATOR

realização.
john mctiernan.
argumento.
jim thomas. john thomas.
protagonistas. arnold schwarzenegger. carl weathers. bill duke. kevin peter hall.

género.
ficção científica. acção.
duração. 107 min
ano.
1987

sinopse. recrutados para resgatar reféns mantidos por guerrilheiros, um grupo de soldados encontra um inimigo muito mais mortal do que qualquer outro sobre a face da terra. [imdb-do-filme]


avaliação
[ muito bom ]

crítica. predador é, para mim, o melhor filme de schwarzenegger, a par com os filmes do exterminador (apenas os dois primeiros). tem tudo o que um fã de acção pode querer (e mais), além de ter dado à luz uma das mais temidas criaturas do cinema: o sofisticado e implacável predador.

passado numa selva da américa central, a história centra-se num grupo de militares contratados para resgatar reféns sequestrados por guerrilheiros. dutch e os seus homens são os melhores "mercenários" que o dinheiro pode comprar e executam a missão sem falhas. porém, tornam-se a presa quando se deparam com uma criatura como nunca viram, que os persegue e caça um a um.

o confronto entre dutch e o predador é épica e arrepiante de cada vez que a vemos. datado de 1987, predador veio arrepiar os fãs de ficção científica e mostrar aos de terror que não é preciso litros de tinta vermelha para tornar um filme assustador (e este era um dos que me acagaçava mais em miúda).

uma tromba que apenas uma mãe pode amar!...

predador é uma experiência emocionante do início ao fim; como filme de acção é perfeito. o arnold não tem dotes de representação, mas tem presença e físico qb para tornar a personagem credível e todos os outros actores têm particularidades interessantes, e dá gosto seguir a história. o predador foi bastante aperfeiçoado nos filmes seguintes, mas foi aqui que fez história e está um boneco fenomenal para a altura. sinceramente, não encontro nada que não goste no filme.

a título de curiosidade, o papel de predador foi interpretado por um actor de 1,96 m, mas o actor a quem o papel foi inicialmente oferecido foi, nem mais nem menos, que jean-claude van-damme, que abandonou o projecto por achar que não teria o protagonismo pretendido. pois...

um filme de culto que não me canso de rever
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. get to the chopper !

. if it bleeds, we can kill it
.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

o discurso do rei


título original. THE KING'S SPEECH


realização.
tom hooper.
argumento.
david seidler.
protagonistas. colin firth. geoffrey rush. timothy spall.

género.
drama histórico.
duração. 118 min
ano.
2010

sinopse. após a morte do pai e a abdicação do irmão, bertie, que toda a vida sofreu de gaguez, é coroado rei de inglaterra. com o país à beira de uma guerra e a necessitar de um líder, decide consultar um terapeuta da fala para o discurso mais importante ao país. [imdb-do-filme]

avaliação
[ muito bom ]


crítica.  o discurso do rei foi o grande vencedor dos óscares de 2011, arrecadando os prémios de melhor filme, realizador, actor principal e argumento.

a história é aparentemente desinteressante, descrevendo o percurso do gago príncipe alberto ao trono, como jorge vi. tímido, bertie não tem aspirações ao poder e leva uma vida discreta, evitando cerimónias, especialmente onde tenha de discursar. infelizmente, a descoberta e uso do rádio vem mudar isso e bertie treme de cada vez que tem de falar.

com o apoio e incentivo da esposa, futura rainha-mãe, consulta um terapeuta incomum, que o ajuda a ultrapassar medos e traumas e a vencer a gaguez. numa inglaterra em mudança e à beira do conflito com a alemanha de hitler, o príncipe é o líder para quem todos se voltam, sendo que nem ele próprio tem fé em si mesmo. 

geoffrey rush rouba as cenas em todos os filmes em que aparece
mas aqui teve colegas à altura!

o realizador tom hooper consegue imprimir dinâmica e emoção a uma história perfeita para telefilme e, com um elenco soberbo (adorei o churchill de timothy spall e o lionel de geoffrey rush), transforma um filme que poderia ser um grande pastel numa fita inspiradora e agradabilíssima de seguir.

o discurso do rei fica na memória pelos motivos certos: diálogos excelentes, interpretações estelares e a satisfação de vermos episódios históricos recriados (ficcionados qb), conferindo a grandes figuras históricas uma humanidade reconfortante.

muito bom filme, com uma mensagem inspiradora.


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. in the past all a king had to do was look respectable in uniform and not fall off his horse. now we must invade people's homes and ingratiate ourselves with them. this family is reduced to those lowest, basest of all creatures, we've become actors !


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waiting for a king to apologize, one can wait a long wait .

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domingo, 11 de dezembro de 2011

alien - o 8.º passageiro



título original. ALIEN

realização.
ridley scott.
argumento.
dan o´bannon. ronald shusett.
protagonistas. sigourney weaver. john hurt. tom skerritt. ian holm.

género.
ficção científica. terror.
duração. 117 min
ano.
1979

sinopse. quando a tripulação da nave nostromo investiga a transmissão de um planeta desolado, encontram uma forma de vida alienígena hostil. [imdb-do-filme]



avaliação
[ muito bom ]

crítica.  alien – o 8.º passageiro é, da quadrilogia alien, o segundo melhor filme dos quatro, sendo a sequela de james cameron o melhor de todos, na minha opinião. esta pérola de 1979 inovou um género dentro da ficção-científica já muito gasto por filmes de qualidade duvidosa, com o suporte de um bom argumento e actores de primeira linha.

realizado por ridley scott (o mestre por detrás de filmes como blade runner e thelma e louise), veio relembrar que nem todos os extra-terrestres são criaturas pacíficas e amigáveis como et e alf, apresentando-nos um monstro terrível que povoaria o imaginário de muitos espectadores (eu incluída) durante décadas.

nas profundezas do espaço, a nave nostromo regressa à terra de uma missão de rotina sem qualquer incidente a registar. a tripulação de sete pessoas passa as horas até à aterragem ocupados em tarefas técnicas, e recebe com surpresa o pedido de socorro de um planeta desconhecido.

atendendo ao chamado, não tardam muito a descobrir que, ao invés de um sos, o sinal era um aviso. num momento de grande tensão, o espectador é apresentado a uma das mais fascinantes e bem conseguidas (criação do suiço hr giger) criaturas do mundo do cinema, numa erupção anti-natura cuja cena é um clássico.

e assim nasce um ícone (e uma das criaturas mais aterradoras) do cinema

num elenco de bons actores (ian holm, john hurt e harry dean stanton), destacava-se a pouco conhecida sigourney weaver no papel de ellen ripley, que se transformaria num ícone dos amantes de ficção científica e na primeira heroína de acção (a que linda hamilton de exterminador implacável se juntaria).

ridley scott apostou em ambientes escuros e claustrofóbicos aliados a pequenos planos rápidos da criatura para compor o crescendo de terror. o argumento simples e a boa prestação do elenco transporta-nos para dentro da acção e faz-nos crer que tudo o que se passa no écran é assustadoramente real.

alien – o 8.º passageiro é um filme filmado com frieza e olho clínico, chegando mesmo a ser austero nos cenários e nas cores dominantes. à semelhança de outros filmes da época (como o tubarão de spielberg), usa a pouca tecnologia disponível a seu favor, evitando grandes planos da criatura (um tipo num fato de borracha).

permanece como um dos raros filmes de terror de culto. um clássico
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. micro changes in air density, my ass .




. you are my lucky star. you... lucky, lucky, lucky, lucky, lucky .

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domingo, 4 de dezembro de 2011

gothika

título original. GOTHIKA

realização.
mathieu kassovitz.
argumento. sebastian gutierrez.
protagonistas.
halle berry. penelope cruz. robert downey jr.


género.
thriller.
duração. 98 min
ano.
2003

sinopse. miranda grey é uma psicóloga brilhante que trata doentes de risco. um dia acorda como paciente na istituição onde trabalha, sem memória do que a levou ali. [site-oficial-do-filme]



avaliação
[ razoável ]

crítica.
 
 a acção de gothika passa-se numa instituição mental para mulheres, onde trabalha a competente psiquiatra miranda grey (uma halle berry com uma prestação qb). uma noite, ao regressar a casa, vive um episódio paranormal e ao acordar, dias depois, encontra-se fechada numa cela da instituição onde trabalha, amnésica.

o filme tem o ponto alto nos seus primeiros 45 minutos, onde, deslumbrados com o ambiente soturno, somos envolvidos pelo potencial dos "ses" e "porquês", seguindo os acontecimentos com interesse.


um elenco demasiado bom para um argumento tão poucochinho

a meio do filme, a acção começa a descambar e o argumento a tornar-se previsível. os estereótipos abundam, o interesse desvanece. da forte carga psicológica inicial não há rasto e o desfecho é pobre.

com destaque para a excelente interpretação de penelope cruz
, onde o restante elenco (downey jr, charles s dutton e john carroll lynch) cumpre com competência, gothika não deixa memória.

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. logic is overrated  .

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

orgulho e preconceito (bbc)



título original. PRIDE AND PREJUDICE (tv)

criado por.
jane austen.

elenco principal. elizabeth bennet (jennifer ehle). fitzwilliam darcy (colin firth). mrs bennet (alison steadman). mr collins (david bamber). wickham (adrian lukis). jane bennet (susannah harker).


género. drama. romance.
ano.
1995

episódios. 06 (300 min)

sinopse. as cinco irmãs bennet foram criadas pela mãe com um único objectivo na vida: encontrar um bom marido. quando um solteiro rico se muda para a vizinhança, entra tudo em polvorosa. entre o círculo de amigos do novo habitante, certamente não haverá falta de bons partidos. quando elizabeth conhece o pretensioso mr darcy, a batalha dos sexos começa. [imdb-da-série]


avaliação
[ obra-prima ]

crítica.  orgulho e preconceito é o expoente do "romance elegante", com vinte milhões de cópias editadas em todo o mundo e alvo de inúmeras adaptações e imitações. apesar de conhecer o livro, nunca o tinha lido antes até este ano; fiquei tão agradada (ainda mais porque nunca tive inclinação por histórias cor-de-rosa) que tive de procurar as adaptações (já tinha visto o filme com keira knightley e adorado), entre elas aquela que é aclamada como a melhor de todas: a mini-série da bbc dos anos 90.



a série é muito boa, com cenários de um imenso verde e uma fotografia lindíssima, diálogos quase transcritos do livro e um elenco competentíssimo, apesar de alguns actores não corresponderem ao que, fisicamente, eu tinha imaginado. mas a interpretação estelar faz esquecer isso e devorei os 6 episódios
.


o argumento é excelente, muito fiel à obra de 1813 de jane austen, conseguindo retratar perfeitamente os maneirismos, guarda-roupa, cultura e mentalidade da época. as personagens são muito fiéis ao livro e de uma densidade dramática envolvente, e reproduzem o seu peso na obra, ao que a duração da série ajuda, já que as versões cinematográficas são bastante mais curtas e tendem a cortar personagens ou a diminuir a sua importância.




esta série da bbc foi um sucesso estrondoso e ganhou vários prémios, distinguindo a interpretação de jennifer ehle como lizzy e lançando a carreira de colin firth (que deu vida a mr darcy), premiado este ano nós óscares como melhor actor em o discurso do rei. os restantes actores deixaram de actuar ou ficaram-se por papéis muito pequenos, com um par de excepções pontuais (anna chancelor, a snob miss bingley, e emilia fox, a doce georgiana darcy).



é uma série deliciosa, com uma história onde as boas acções são difíceis de perceber e onde a maldade e a malícia estão ocultas pelo status e riqueza. mesmo depois de ler o livro e saber o final, torcemos pela nossa protagonista, que cresce e se torna menos susceptível às aparências e faz por merecer o final feliz. no final, queremos mais e procurando, encontra-se, razão pela qual já adquiri a adaptação a banda desenhada do romance.

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. mr bennet: til you or your sister jane return, i shall not hear two words of sense spoken together .

. elizabeth bennet: perhaps i didn't always love him as well as i do now, but in such cases as these a good memory is unpardonable .

. mr darcy: i cannot fix on the hour, or the look, or the words, which laid the foundation. it is too long ago. i was in the middle before i knew that i
had begun .

. mary bennet: vanity and pride are different things, though the words are often used synonymously. a person may be proud without being vain. pride relates more to our opinion of ourselves, vanity to what we would have others think of us .

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