sábado, 30 de março de 2013

força anti-crime


[ razoável ]

título original. gangster squad.
género. drama. crime.

duração. 113 min
ano.
2013
realização. ruben fleischer.
argumento. will beall.
protagonistas. sean penn. emma stone. ryan gosling. josh brolin. nick nolte.
sinopse. los angeles, 1949. o cruel mickey cohen comanda a vida na cidade, colhendo os ganhos ilícitos de drogas, armas e prostituição, sob a protecção da polícia e dos políticos que suborna. é o suficiente para intimidar até o polícia mais corajoso, excepto a pequena e secreta equipa liderada pelo sargento john o'mara e jerry wooters, que se juntam para derrubar o império do crime de cohen. [imdb-do-filme]

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um filme de gansters com um elenco de luxo? estava aqui p'ra je, ó se estava! quando vi o trailer há uns meses, sabia que tinha de ver força anti-crime, e a presença do josh brolin só podia significar coisa boa.

o filme passa-se na los angeles dos anos 50, dominada pelo criminoso mickey cohen (sean penn), que controla o jogo ilegal, o tráfico de droga e a prostituição. fá-lo impunemente porque os poucos polícias e juízes que não tem na sua lista de pagamento, têm demasiado medo de o enfrentar. mas há um polícia que lhe faz frente e que vai unir esforços para derrubar o gangster que aterroriza a cidade dos anjos
.

o glamour dos anos 50 na cidade dos anjos (caídos)

o filme começa bem, forte e interessante. os diálogos são interessantes, a apresentação das personagens promete e a história, baseada em factos verídicos e apesar de previsível, é apelativa, principalmente para quem gosta do tema.

os primeiros 20 a 30 minutos são bons, mas deixam antever que o filme está pejado de clichés, o que acontece, e o excelente elenco vê-se desperdiçado, o que é uma pena. uma menção honrosa para robert patrick, extremamente memorável como o pistoleiro max kennard. já sean penn está francamente mal, esperava bastante mais
.

não faltam tommy guns com fartura, gangsta style

uma pessoa que veja poucos filmes poderá achar este um bom filme. porém, um espectador mais assíduo reconhecerá de imediatos os lugares-comuns e as cenas "roubadas" de filmes mais competentes.


força anti-crime é, em conclusão, razoável e muito pouco ambicioso; para filme de gangsters sabe a pouco e o género tem exemplos melhores em os intocáveis e los angeles confidencial.

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. the whole town's underwater. you're grabbing a bucket when you should be grabbing a bathing suit .

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sábado, 16 de março de 2013

as palavras


[ bom ]

título original. the words.

género. drama.

duração. 97 min
ano.
2012
realização e argumento. brian klugman. lee sternthal.
protagonistas. jeremy irons. bradley cooper. zoe saldana. dennis quaid. ron rifkin.
sinopse. um escritor, no auge do seu sucesso, é confrontado pelo homem cujo livro plagiou. [imdb-do-filme]

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soube da existência deste filme através de um post da liliana lavado. assim que li a sinopse, fiquei interessada; quando vi o jeremy irons no elenco, acabaram quaisquer dúvidas que pudessem haver.

o filme tem três histórias diferentes, todas inter-relacionadas: o jovem veterano de guerra que se apaixona perdidamente em paris; o aspirante a escritor que luta pela aceitação de uma editora que publique o seu trabalho; o escritor consagrado que é seduzido por uma fã, muito mais jovem, durante a apresentação do seu último livro. as histórias estão todas ligadas de uma forma muito bem executada.

ah, o clima parisiense do pós-guerra!

a história do veterano é boa, com jeremy irons a dominar todas as cenas em que aparece; a linguagem corporal é fantástica e sentimos a melancolia de alguém que amou e perdeu tudo; uma interpretação soberba.

o enredo do jovem autor, protagonizada pelo "pintas" bradley cooper, é o ponto principal do argumento, que demonstra como o desejo de ser publicado leva um escritor esforçado a recorrer ao plágio, o que além de fama, lhe vai trazer o maior desgosto da sua vida.


o terceiro lado do triângulo, que mostra o escritor premiado a braços com uma admiradora atraente mas que se sente vazio por dentro, traz de volta dennis quaid, pouco expressivo (note-se a plástica mal conseguida), naquela que, infelizmente, é a parte mais subjectiva mas menos interessante do filme.

uma das cenas mais expressivas do filme

as palavras é bom. é um filme denso, emotivo e que fica connosco depois de o vermos. tem algumas falhas a nível narrativo mas as personagens masculinas são fortes. jeremy irons, então, dá uma profundidade à sua personagem que enriquece muito o filme.

apesar de breve (hora e meia), as palavras é envolvente e mais complexo do que aparenta. aborda o processo de criação literária com detalhe suficiente sem se tornar exaustivo e foca um espectro alargado de emoções, transmitindo algo palpável ao espectador. gostei bastante de descobrir este título e foi um dos poucos filmes onde achei bradley cooper minimamente credível.


recomendo.

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. another part of being a man, no matter how painful it might be, is accepting your own limitations .

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domingo, 10 de março de 2013

orfã





[
bom ]

título original. orphan.

género. terror. suspense.

duração. 123 min
ano.
 2009
realização. jaume collet-serra.
argumento. david johnson.
protagonistas. vera farmiga. isabelle fuhrman. peter saarsgard. cch pounder.
sinopse. john e kate resolvem adoptar esther. mesmo depois de alertados das dificuldades de se adoptar crianças já crescidas, são conquistados pela aparente maturidade e carisma da menina, que se vai revelar uma fonte de problemas. [imdb-do-filme]

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orfã foi uma boa surpresa. o que, à partida, parece um argumento banal e mais um filme com uma criança diabólica, resulta num thriller interessante e perturbante, que nunca cessa de incomodar, seja pelo ambiente, os diálogos ou as personagens.

esther é uma menina especial, invulgarmente madura e sensata para a idade. o seu lado artístico conquista kate, traumatizada por uma gravidez recente mal sucedida. decidida a adoptar, acolhe esther como uma verdadeira filha, preocupada em integrá-la com os seus dois filhos biológicos.
adorável? if you like psycho...



mas esther revela-se uma criança problemática desde o primeiro dia e as suas peculiaridades rapidamente deixam de ser vistas como engraçadas. a forma como os pais tentam lidar com um perigo dentro de casa dá azo a um jogo perigoso comandado por uma criança com muito pouco de inocente. apesar de prevermos algumas cenas, o filme não cai na banalidade e a reviravolta final torna-o mais interessante em perspectiva.



as interpretações são competentes e isabelle furhman está fantástica como esther; um nome a reter. o trailer dá a impressão de ser um filme mais banal do que, na realidade, é.

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. i thought you would enjoy teaching me. it must be frustrating for someone who loves music as much as you to have a son who isn't interested and a daughter who can't even hear .

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terça-feira, 5 de março de 2013

a última casa à esquerda



[razoável]

título original. the last house on the left.
género. thriller.
duração. 110 min
ano. 2009
realização
. dennis iliadis.

argumento. adam alleca. carl ellsworth.

protagonistas. monica potter. garret dillahunt. tony goldwyn. sara paxton.
sinopse. duas amigas são raptadas por um grupo de criminosos. uma delas consegue voltar à casa dos pais, sem saber que o grupo se abrigou lá numa noite de tempestade. [imdb-do-filme]



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a última casa à esquerda é o remake do filme de 1972, de wes craven, que por sua vez foi um remake dum filme de 1960, de ingmar bergman. duas jovens, giras e boa onda, estão na delas quando se vêem subitamente no local errado à hora errada, com pessoal do mais bera que há, leia-se psicopatas.

os vilões da história são um trio de criminosos sem moral nem humanidade. os crimes que cometem em catadupa não os afectam minimamente e esse é o maior trunfo do filme, ao mesmo tempo que se torna o seu elemento mais desconfortável
.
o que acontece às jovens mantém o espectador simultaneamente horrorizado e interessado, naquela que é uma caracterização bastante crua do quão desprezível o ser humano pode ser.



she heard it through the gravepine...

a primeira parte está bem conseguida mas é demasiado intensa, levando a violência psicológica além do necessário, na minha opinião. a segunda parte do filme sofre uma quebra na dinâmica do filme. apesar de reconhecer que o filme não é nada mau, não o consigo classificar de bom. não vejo necessidade de causar tamanho desconforto no espectador e passar a mensagem que passa. sinceramente, parece-me um caso de exploração, em que os temas são apresentados para chocar mas sem acrescentar nada de novo nem fazer o espectador pensar. sensacionalismo puro.

um thriller interessante, que nos faz torcer pelo final catártico, que não desilude; apesar disso, não recomendo.

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i hate cell phones! everyhwere you turn nothing but texting and yakking and texting .

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