sábado, 16 de março de 2013

as palavras


[ bom ]

título original. the words.

género. drama.

duração. 97 min
ano.
2012
realização e argumento. brian klugman. lee sternthal.
protagonistas. jeremy irons. bradley cooper. zoe saldana. dennis quaid. ron rifkin.
sinopse. um escritor, no auge do seu sucesso, é confrontado pelo homem cujo livro plagiou. [imdb-do-filme]

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soube da existência deste filme através de um post da liliana lavado. assim que li a sinopse, fiquei interessada; quando vi o jeremy irons no elenco, acabaram quaisquer dúvidas que pudessem haver.

o filme tem três histórias diferentes, todas inter-relacionadas: o jovem veterano de guerra que se apaixona perdidamente em paris; o aspirante a escritor que luta pela aceitação de uma editora que publique o seu trabalho; o escritor consagrado que é seduzido por uma fã, muito mais jovem, durante a apresentação do seu último livro. as histórias estão todas ligadas de uma forma muito bem executada.

ah, o clima parisiense do pós-guerra!

a história do veterano é boa, com jeremy irons a dominar todas as cenas em que aparece; a linguagem corporal é fantástica e sentimos a melancolia de alguém que amou e perdeu tudo; uma interpretação soberba.

o enredo do jovem autor, protagonizada pelo "pintas" bradley cooper, é o ponto principal do argumento, que demonstra como o desejo de ser publicado leva um escritor esforçado a recorrer ao plágio, o que além de fama, lhe vai trazer o maior desgosto da sua vida.


o terceiro lado do triângulo, que mostra o escritor premiado a braços com uma admiradora atraente mas que se sente vazio por dentro, traz de volta dennis quaid, pouco expressivo (note-se a plástica mal conseguida), naquela que, infelizmente, é a parte mais subjectiva mas menos interessante do filme.

uma das cenas mais expressivas do filme

as palavras é bom. é um filme denso, emotivo e que fica connosco depois de o vermos. tem algumas falhas a nível narrativo mas as personagens masculinas são fortes. jeremy irons, então, dá uma profundidade à sua personagem que enriquece muito o filme.

apesar de breve (hora e meia), as palavras é envolvente e mais complexo do que aparenta. aborda o processo de criação literária com detalhe suficiente sem se tornar exaustivo e foca um espectro alargado de emoções, transmitindo algo palpável ao espectador. gostei bastante de descobrir este título e foi um dos poucos filmes onde achei bradley cooper minimamente credível.


recomendo.

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. another part of being a man, no matter how painful it might be, is accepting your own limitations .

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