segunda-feira, 25 de maio de 2015

as vozes

[ bom ]

título original. the voices.

género. thriller. humor negro.
duração. 103 min
ano.
 2014

realização. marjane satrapi.
argumento. michael r perry.


protagonistas. ryan reynolds. gemma aterton. anna kendrick. jacki weaver. ella smith.
sinopse. jerry é um tipo tímido e aparentemente normal. no dia em que convida o borracho do escritório para jantar e ela lhe dá uma tampa, a sua vida muda radicalmente. [imdb]
 
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não me deixo convencer por trailers, mas há sempre excepções. quando vi o d´as vozes não foi preciso mais nada.

realizado por marjane satrapi (a mente criativa por detrás de persépolis), esta comédia negra segue a vida pacata de jerry, um funcionário de uma fábrica de banheiras que fala com os seus animais de estimação. a diferença aqui é que eles respondem-lhe.

 
no dia em que o seu gato lhe sugere matar alguém, jerry fica escandalizado. mas quando isso acontece "por engano", sabe-lhe bem e uma vítima segue-se a outra e a outra. o filme retrata muito bem o mundo encantado em que vive este esquizofrénico (que o espectador vê pelos olhos do próprio) e é aterrador ver como as coisas realmente são versus a realidade pelos olhos de jerry.


o ponto alto do filme não é um, são dois: as interpretações (ryan reynolds está excelente e faz todas as vozes que ouve, o que é extraordinário! aquele gato é de truz!) e toda a cinematografia. um filme colorido com um conteúdo tão negro é perturbador (mas original) e jerry é simultaneamente a vítima e o vilão, deixando o espectador numa inconstância deliciosa.


o tratamento tão original de uma ideia batida é de louvar. o filme tem uma profundidade inesperada, e quando nos apercebemos que a cor e luz que vemos vêm da cabeça de jerry, tudo ganha uma nova perspectiva; houvessem mais filmes assim, tão aparentemente simples mas com tantas camadas!


as vozes foi uma surpresa e vou aguardar com expectativa o próximo trabalho da iraniana marjani satrapi; também não dava dois tostões pelo ryan reynolds e agora não posso dizer que não seja um bom actor.

ah, o final do filme é simultaneamente bonito e irritantemente previsível, e a canção que acompanha os créditos fecha com chave d´ouro um filme surpreendente.
 
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. friday i had a pretty cushy gig. had lots of friends, i was the office hottie... now i'm a severed head in a fridge. sucks to be me, jerry .
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