[ muito bom ]
título original. juror #2.
género. drama legal. crime.
duração. 1h 54min
ano. 2024
protagonistas. nicholas hoult. toni collette. kiefer sutherland. j.k. simmons. leslie bibb. gabriel basso. francesca eastwood.
jurado n.º 2 será o último filme de clint eastwood (actualmente com 94 anos) como realizador.
o filme é um thriller repleto de tensão, dilemas morais, e questões sobre justiça.
a história centra-se em justin kemp (nicholas hoult), escolhido como jurado num caso de violência doméstica e homicídio bastante publicitado.
pouco depois de o julgamento começar, kemp é confrontado com um grave dilema moral, com alcance para influenciar o veredicto. escolhe, então, guiar as discussões entre os outros jurados, levantando questões e detalhes que permitem ver o caso de várias perspectivas.
a premissa lembra o excelente 12 homens em fúria, o clássico de 1957 com henry fonda, adaptando algumas cenas e diálogos. clint eastwood foi, claramente, “beber” a um dos melhores dramas legais do cinema e se este é o seu último filme, fecha a carreira de realizador com chave d’ouro, na minha opinião.
jurado n.º 2 tem cenas desconfortáveis, que mexem com o espectador. levanta questões bastante pertinentes sobre actores e agentes da justiça e sobre a procura da verdade.
vi o filme em frança, onde resido há vários anos. aqui, o filme estreou em muitas salas, mas li que nos estdos unidos, o lançamento foi extremamente limitado, algo que se refletiu em alguns países da europa. em portugal, creio que estreou há uns dias num serviço de streaming, sem passar pelos cinemas.
curiosamente, o plano inicial da warner bros seria de lançar jurado n.º 2 diretamente para streaming, mas a reacção nos testes de visionamento (coisas à Hollywood para prever receitas) foi tão positiva que alteraram os planos… para depois distribuírem o filme de uma forma limitada.
jurado n.º 2 é um filme muito bom, com um excelente elenco (destaque para collette e hoult) que eleva o material. o argumento, não sendo inovador, levanta questões relevantes e envolve-nos desde a primeira cena – o filme não demora a lançar-nos no cerne da acção.
o desenlace é o inevitável, e justo.
longe da excelência de um imperdoável (1992), de um million dollar baby (2004) ou de um gran torino (2008), mas a ver, sem dúvida, este jurado n.º 2.
imagens: google search engine
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