[ muito bom ]
género. drama. romance.
duração. 1h 49m
ano. 2018
protagonistas. cécile de france. edouard baer. alice isaaz. laure calamy. natalia dontcheva. arnaud dupont. juliette mourant.
baseado num excerto do livro jacques, o fatalista e o seu amo, de denis diderot, o argumento de madame de joncquières é uma adaptação elegante pela mão de emmanuel mouret (a arte de amar; três amigas).
a
narrativa segue a marquesa de la pommeraye, uma mulher culta e
racional, que se envolve com o libertino marquis des arcis, que a tenta
seduzir desde sempre.
quando
este a abandona, a marquesa planeia uma
vingança: recruta uma jovem cortesã para se fingir pia, seduzir e casar com o marquês.
a mise-en-scène reforça a moralidade performativa da época: muita fachada e teatro social, que lembra o universo libertino e crítico que também aparece na obra de laclos (que publicou o romance epistolar ligações perigosas em 1782, adaptado ao cinema em 1988 por stephen frears).
tal como em ligações perigosas, as relações amorosas em madame de joncquières transformam-se em campos de batalha, onde uma elite indolente seduz como forma de poder, corroída por vaidade e teatralidade social.
madame de joncquières serve de comentário às falhas de uma sociedade onde a racionalidade é pura estratégia social e onde a virtude é transacional. o filme, apesar de visualmente delicado, é implacável no diagnóstico das relações humanas.
sou fã do filme de stephen frears com j. malkovich, m. pfeiffer e g. close; gostei muito deste.
Imagens: Google Search Images
. marquis ! votre imagination me surprendra toujours. une jeune femme, embarrassée par votre insistance, lève une paupière et vous brodez des rêveries extraordinaires. vous, l'homme de raison. vous, l'épicurien, qui croyez que nous ne sommes qu'un amas d'atomes .
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