terça-feira, 31 de janeiro de 2012

justiça vermelha


título original. RED CORNER


realização. jon avnet.
argumento.
robert king.
protagonistas. richard gere. bai ling. james hong.
género.
thriller.
duração. 122 min
ano.
1997
sinopse. prestes a fechar um gigantesco negócio na china, o americano jack moore está delirante. a sua situação complica-se após passar uma noite com uma exótica chinesa e ser acusado do seu homicídio, ficando à mercê do rígido sistema judicial do país. [imdb-do-filme]

avaliação
[ razoável ]


crítica. justiça vermelha / red corner é um thriller com richard gere que pretende mostrar as várias diferenças entre a cultura oriental e ocidental, nomeadamente a nível de justiça, sociedade e mentalidade, quando um ocidental é acusado do homicídio de uma chinesa, filha de um conceituado general da revolução cultural de mao.


o andamento da história é ligeiro e as cenas discretas e suaves, mesmo as da prisão. as interpretações são boas e custa a crer que o filme não foi rodado na china (e sim na califórnia). 

na china, cobra-se o preço da bala à família do executado. fixe!

porém, e apesar do bom ritmo e algum suspense bem plantado, o filme é bastante previsível. no lado menos positivo, as cenas no tribunal são pouco verosímeis, as personagens chinesas estão demasiadas estereotipadas e o argumento tem algumas falhas, cedendo um pouco à piroseira (como a cena da embaixada e do aeroporto).

justiça vermelha / red corner entretém mas é demasiado melodramático para ser levado a sério.


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. what are you gonna do, you gonna shoot me twice ?

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

o cavaleiro das trevas




título original. THE DARK KNIGHT

realização.
christopher nolan.
argumento.
jonathan e christopher nolan.
protagonistas. christian bale. heath ledger. aaron eckhart. gary oldman. michael caine.

género.
acção. aventura.
duração. 152 min
ano.
2008

sinopse. batman continua a sua luta contra o crime com a ajuda do tenente gordon e do procurador harvey dent, mas a eficácia da parceria é posta em causa por um criminoso conhecido como joker. [imdb-do-filme]


avaliação
[ muito bom ]


crítica. o cavaleiro das trevas / the dark knight é o melhor título da já longa série de filmes do super-herói batman. desde os filmes de tim burton (de 1989 e 1992) que não tínhamos um batman tão negro nem uma riqueza tão grande de boas personagens.

passado na actualidade tecnológica, leva-nos de volta à cidade de gotham, cujas autoridades não têm mãos a medir com os inúmeros criminosos que traficam, assaltam e aterrorizam os habitantes. o vigilante batman é decisivo na luta contra a criminalidade, com o auxílio do tenente gordon e de harvey dent, um procurador público incorruptível que tem como meta erradicar o crime organizado da cidade. a seu lado tem rachel, um amor antigo de batman.

esta motinha dava um jeitão na ic19!

dado o mote, o filme é sempre a andar: acção, aventura e mais acção. se todos os filmes do homem-morcego tivessem esta qualidade, até enjoava. mas, vá lá, tantos fizeram que acabaram por acertar na fórmula, fazendo esquecer desaires como o horrível e cartoonesco onde entra o jim carrey e o arnold musculado. e nos actores também há grande melhoria. christian bale é um bruce wayne estupendo, michael caine está impec como mordomo e o joker de heath ledger (um papel que lhe arrecadou imensos prémios póstumos, entre eles um óscar de melhor actor secundário) tem um toque muito mais dark e psicótico que o interpretado por jack nicholson. 


uma das melhores cenas do cinema (drag style, entenda-se)

o cavaleiros das trevas / the dark knight tem mais de 2 horas de duração, onde há adrenalina, emoção, explosões, esquemas, traições e muita trapaça. christopher nolan é um realizador e argumentista de mão cheia e todos os seus filmes são dignos de nota; ainda bem que vai fazer o próximo filme da saga.

este é um batman de culto que elevou tanto a fasquia que é um gosto esperar pelo próximo, a estrear este verão
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. sometimes the truth isn't good enough, sometimes people deserve more. sometimes people deserve to have their faith rewarded ...

. introduce a little anarchy. upset the established order, and everything becomes chaos. i'm an agent of chaos. oh, and you know the thing about chaos? it's fair !


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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

emma



título original. EMMA

realização e argumento.
douglas mcgrath.


protagonistas. gwyneth paltrow. toni colette. james cosmo. alan cumming. jeremy northam.

género.
comédia. romance.
duração. 121 min
ano.
1996

sinopse. emma woodhouse é bonita, rica e inteligente. quando a sua melhor amiga casa, emma é confrontada com uma grande lacuna e um grande dilema: como ajudar os outros a ter uma vida tão perfeita como a sua? decide fazer de casamenteira e começar com harriet smith, uma jovem simples e ingénua. [imdb-do-filme]


avaliação
[ razoável ]

crítica.  emma é um filme de época que mistura romance e comédia, cuja história é adaptada do livro homónimo de jane austen, publicado em 1815. já foi adaptado a cinema e tv inúmeras vezes, mas esta é a primeira adaptação que vejo.

o filme centra-se em emma, uma jovem de vinte anos que tem tudo na vida: beleza, riqueza e inteligência. em pleno século 19, na inglaterra rural, as mulheres mais abastadas entretêm-se como podem e isso passa por se visitarem entre si e falarem umas das outras. apesar da sua maturidade em alguns assuntos, emma é também algo superficial e pretensiosa, e confia demasiado no seu poder de manipular a vontade alheia, ainda mais quando decide armar-se em casamenteira. apesar de não precisar de casar para ter uma vida confortável, emma dedica-se a emparelhar amigos e conhecidos, apesar de errar amiúde sobre as intenções dos outros, o que cria episódios embaraçosos e menos acertados para a nossa heroína.



este cupido tem péssima pontaria!

emma tem uma aura e ambiente etéreos e um tom cor-de-rosa. as cores são belíssimas, o guarda-roupa aprumado e as senhoras são belas e os senhores uns cavalheiros dos pés à cabeça. o elenco é de qualidade (paltrow, northam, mcgregor, scacchi) e a cenografia adorável (o countryside inglês é absolutamente inspirador).

apesar disso, o filme arrasta-se, em grande parte por culpa das situações não serem particularmente aliciantes nem as personagens carismáticas. globalmente, o filme é chato, apesar dos aspectos positivos.


apesar de entreter, não me parece que volte a rever emma.


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maybe it is our imperfections which make us so perfect for one another .

. were she prosperous, or a woman equal to your age and situation, i would not quarrel with any liberties of manner. but she is poor! even moreso than when she was born, and should she live to be an old lady, she will sink further still. her situation being in every way below you should secure your compassion ! badly done, emma. badly done .


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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

the quiet


título original.
THE QUIET

realização. jamie babbit.
argumento.
abdi nazemian. micah schraft.
protagonistas. elisha cuthbert. camila belle. edie falco.

género.
drama. thriller.
duração. 91 min
ano.
2005
sinopse. dot é uma adolescente surda-muda que fica orfã e é acolhida pelos padrinhos. a jovem depressa percebe que a sua nova família está longe de ser perfeita. [imdb-do-filme]


avaliação
[ fraco ]


crítica. de vez em quando e para desenjoar, gosto de ver filmes menos comerciais, sendo que já encontrei algumas pérolas do cinema independente, caso de hard candy e o lago perfeito. a sinopse de the quiet pareceu-me interessante e algumas comparações de críticos a beleza americana despertaram-me a curiosidade.

a história segue dot, uma adolescente surda-muda que perde o pai e fica sozinha no mundo. valem-lhe os padrinhos, que a acolhem por piedade, apesar de não a verem há anos. a filha deles, da mesma idade de dot, é a rapariga mais bonita da escola, uma loura com carinha de anjo que também é cheerleader. apesar de já terem sido amigas em crianças, as duas jovens nada têm em comum agora, o que lhes dificulta a relação.


com o passar do tempo, dot apercebe-se que a sua nova mãe é dependente de medicamentos e fica inconsciente pouco depois do jantar e que o seu novo pai é um homem dominador e desconfiado. com problemas de integração na escola e a sua deficiência a desajudar, dot isola-se cada vez mais mas não deixa de observar o que a rodeia, apercebendo-se que a sua nova família esconde alguns segredos arrepiantes.


não podia faltar a típica cheerleader fácil e avantajada!

the quiet avança a bom ritmo, mas não desperta interesse, sobretudo porque aborda temas que já foram tratados de maneira bem mais inteligente noutros filmes. algumas cenas parecem precipitadas e soam a falso, embora a culpa não seja dos actores, apesar da escolha de dois dos protagonistas não me pareça das mais felizes, com camila belle muito apática e martin donovan demasiado estereotipado.

a meio do filme, já estamos cansados de tanta xaropada e cenas-choque que não convencem. mais, o desenrolar da acção é inverosímil e o final é mau, saldando-se um filme pretensioso e fraco.

p'ra esquecer
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. all i wanted was to be invisible. it was a simple request. it didn't involve anyone else. when i was in a room with another person, i felt like i was only half there. when i was in a room with two other people, i felt like a third of myself. when i was in a room with three other people, i felt like a quarter of myself. and when i was in a whole crowd of people, i felt like nobody .

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sábado, 14 de janeiro de 2012

freddy contra jason


título original. FREDDY VS JASON

realização.
ronny yu.
argumento. mark swift. damian shannon.
protagonistas. robert englund. kelly rowland. monica keena.

género.
terror.
duração. 97 min
ano.
2003

sinopse. dez anos depois de assombrar os habitantes da sua cidade natal, freddy krueger foi sendo esquecido pela população, que, com o auxílio de fármacos deixaram de sonhar com o maior pesadelo de elm street. farto de ser ignorado, freddy vai buscar jason voorhees para o ajudar. [imdb-do-filme]

avaliação
[ fraco ]

crítica.  freddy contra jason junta os dois pesos-pesados dos filmes de terror mais conhecidos da década de 80: freddy krueger de pesadelo em elm street e jason voorhees de sexta feira 13.

pessoalmente, nunca gostei da segunda saga nem simpatizo com a figura do gigante de máscara com o facalhão, mas adoro a personagem de freddy krueger e vi os filmes muitas vezes, em adolescente. isto porque f
reddy (robert englund) é excelente: tem humor negro, é perverso e cruel em doses bem medidas; se a personagem não tivesse saído tão bem, duvido que os filmes fossem tão bem sucedidos. mas nem freddy salva esta banhada.

olhem que dois!


a história não é muito famosa: freddy krueger foi esquecido pela população que tanto aterrorizou no passado e não mais assombra os pesadelos dos jovens de elm street; ressuscita, então, jason voorhees para semear o pânico e o medo de forma a que o nome de freddy seja falado e os seus crimes recordados. quando se apercebe que o outro maluco já não tem utilidade (e começa a ficar-lhe com as vítimas), decide eliminá-lo, mas a tarefa não é fácil.

recuperando inúmeras referências de ambas as sagas, o filme junta humor negro, acção e adolescentes com hormonas aos saltos, em cenas onde não faltam litradas de sangue, raparigas jeitosas em roupas justas e sadismo.
estímulo? zero. novidade? nicles. originalidade? mudou-se.

o confronto dos dois ícones não é nada de especial e o mau gosto domina quase todas as cenas, a nível de diálogos e caracterização, tornando freddy contra jason decepcionante.

esqueçam este filme e aluguem os clássicos de elm street, esses valem a pena
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. your eyes say "no, no." but my mouth says "yes, yes" .

. welcome to my world, bitch. i should warn you, princess... the first time tends to get a little... messy
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

predadores

título original. PREDATORS

realização. nimród antal.
argumento.
alex litvak.
protagonistas. adrien brody. alice braga. topher grace.

género.
ficção científica. acção.
duração. 107 min
ano.
2010
sinopse. um grupo de militares e criminosos é enviado para um planeta para servir de presa a uma espécie alienígena letal.[imdb-do-filme]

avaliação
[ muito bom ]


crítica. predadores é uma clara homenagem a predador, o filme de 1987 com schwarzenegger que se tornou um clássico, criando um ícone do cinema fantástico: o alienígena predador.


a história centra-se num grupo de indivíduos que caem literalmente de pára-quedas numa selva aparentemente tropical, com características que não permitem identificar a sua localização exacta. em comum, as pessoas têm um historial de luta armada: máfia, exército, guerrilha, serviços secretos, sendo cada um deles um exemplo de domínio e controlo pela violência. para o provar, cada um vem armado com o seu instrumento de trabalho (e outros miminhos): pistolas, armas com miras telescópicas, metralhadoras, catanas, etc.

num exercício mental conjunto (e porque urge sobbreviver), não demoram muito tempo a perceber que estão num num planeta que não é a terra, que se encontram ali para serem caçados e que o caçador é uma criatura altamente treinada, com armas e habilidades praticamente impossíveis de derrotar. têm de se unir e trabalhar juntos para escaparem com vida, o que parece ainda mais difícil de conseguir.

num grupo de bad boys, a yakuza marca presença

predadores é um filme muito bom, que não me canso de rever, com um elenco principal estelar. adrien brody seria um protagonista à partida improvável, mas é uma revelação, vestindo a pele de um mercenário que sobrevive a todo o custo, credível até aos ossos (músculos incluídos). alice braga é a latina de serviço e faz o contraponto moral ideal à falta de princípios e de camaradagem, direccionando o grupo para trabalhar em equipa. quanto aos predadores, esses nunca desiludem.

com imensas referências ao filme original de 1987 e um aspecto muito semelhante àquele, mas com algumas novidades, predadores é uma sequela merecida depois das xaropadas dos alien vs predator, sendo o melhor filme que saiu depois do clássico (tivemos foi que esperar mais de duas décadas), pondo todos os derivados a milhas.

muito bom
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. we're being hunted. the cages. the soldier. all of us. all brought here for the same purpose. this planet is a game preserve. and we're the game. in case you didn't notice, we just got flushed out. they sent the dogs in, just like you if you were stalking boar or shooting quail. they split us apart and they watched. testing us .

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

lost in austen (bbc)





título original. LOST IN AUSTEN (tv)

criado por.
guy andrews.

elenco principal. amanda price (jemima rooper). fitzwilliam darcy (elliot cowan). mrs bennet (alex kingston). wickham (tom riley). jane bennet (morven christie).


género. drama. romance.
ano.
2008

episódios. 04 (183 min)

sinopse. uma jovem londrina tem no romance orgulho e preconceito o seu livro favorito. uma noite, através de um portal, vê-se transportada para a história de jane austen e interage com os seus personagens, tornando-se parte da acção. [imdb-da-série]


avaliação
[ bom ]

crítica.  orgulho e preconceito é um dos romances mais lidos e venerados, com vinte milhões de cópias editadas em todo o mundo e alvo de inúmeras adaptações ao pequeno e grande ecrã. eu li-o em 2011 e adorei. desde então, tenho (re)visto os filmes e as mini-séries dele adaptados, revendo com prazer personagens, episódios e locais da narrativa. recentemente, tive oportunidade de ver uma mini-série que segue as aventuras de uma fã do romance que se vê transportada para o lugar onde o mesmo decorre, lost in austen.



a mini-série segue a história de amanda price, uma jovem que vive na turbulenta londres do século 21 mas sonha com o romantismo e maneirismos da altura em que se passa o romance austeniano. como a maioria das fãs do livro, admira o espírito e a força de elizabeth e vê darcy como o homem ideal
.


a ideia base da história é algo risível, e a forma como amanda é transportada para o universo da história (uma porta falsa na casa-de-banho do seu apartamento em hammersmith) também, mas isso rapidamente é posto de parte assim que nos vimos novamente perante os acontecimentos do livro.


os diálogos são engraçados e o elenco bem escolhido. elliot cowan é sedutor como darcy, guy henry arrepiante como mr collins e alex kingston interpreta uma mrs bennet menos histérica que o habitual e com um sentido familiar apurado. a protagonista está muito bem, engraçada e trapalhona, mas com tiradas bastante engraçadas.



engraçada é também a reviravolta que o argumento dá relativamente a algumas personagens, conferindo-lhes outra dimensão: wickham não é tão mau como no romance de austen e miss bingley tem interesses diferentes do que a narrativa original sugere. 

a série é divertida mas é o que é: uma brincadeira, não devendo ser muito levada a sério. para os puristas do romance, talvez pareça uma blasfémia, mas após tantas adaptações (será difícil superar a qualidade da série de 1995), é refrescante ver a história doutro ângulo, permitindo a milhares de fãs sentir o gostinho de poder ter mr darcy só para si e protagonizar uma das maiores histórias de amor de todos os tempos.

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. i say this. you are a prig, madam, a pander and a common bully. and you cheat at cards! do you suppose you may enter my house and brandish your hat at me thus? i have a mind to turn you upside down and use you to scrape out ambrosia's sty .

. we shall have 25 children and name them all amanda, even the boys .

.
madam! behold fitzwilliam darcy. i am what i am. if you find yourself unable to 'get at' an alternative version, i must own to being glad. i despise the intrusions of a woman so singularly dedicated to mendacity, disorder and lewdness. they repel me. you repel me. you are an abomination, madam. good afternoon to you .

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