domingo, 23 de novembro de 2014

os sete magníficos

[ bom ]

título original. the magnificent seven.

género. western.
duração. 128 min
ano.
1960

realização. john sturges.
argumento. william roberts.

protagonistas. steve mcqueen. charles bronson. yul brynner. james coburn. eli wallach.
sinopse. os habitantes de uma aldeia aterrorizada por um bando de criminosos contrata sete pistoleiros para os defender. [imdb]
 
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há já algum tempo (desde django libertado e indomável) que não via um western.

no virar do século, uma aldeia de mexicanos é pilhada frequentemente por um bando de banditos, liderados pelo cruel calvera. reduzidos a comer as migalhas que os criminosos lhes deixam e amedrontados até ao próximo saque, alguns habitantes vão à cidade mais próxima para contratar pistoleiros que protejam a aldeia e impeçam o bando de voltar.     


quando este [os] sete magníficos começou no canal hollywood, decidi aproveitar para quebrar o jejum e ver, pela primeira vez, um dos grandes clássicos do género, com um elenco cheio de estrelas. foi bom rever dois actores cujos filmes enchiam as prateleiras da casa dos meus pais, adeptos de cinema de acção: charles bronson e james coburn.



este é o remake de um famoso filme de kurosawa, os sete samurais, mas à época o que fez notícia foram as fricções entre dois dos protagonistas: steve mcqueen e yul brynner. os pormenores da relação competitiva entre os dois fizeram as delícias dos tablóides. mas isso é paralelo.
 

voltando ao filme, a acção é directa e as personagens simples: homens duros (e endurecidos) numa época sanguinária onde ser o mais rápido a sacar equivalia a viver mais uns anos. os diálogos são bons e há uma fluidez de narrativa melhor do que eu esperava. há demasiadas estrelas no filme e nem todas brilham com a mesma intensidade (algumas personagens - calvera, vin, chris - têm maior tempo de antena) mas a maioria safa-se bem (fiquei desapontada com as personagens de charles bronson e robert vaughn).


as cenas de acção são boas, o argumento não surpreende nem desilude e o ritmo é bem mantido ao longo das duas horas de duração.

um bom western que vale pela qualidade geral (acção dinâmica, boas interpretações e diálogos interessantes) e por se manter watchable todos estes anos; porém, não entra no meu top 10 do género.

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. if god didn't want them sheared, he would not have made them sheep .
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domingo, 9 de novembro de 2014

sem limites

[ bom ]

título original. bound.

género. thriller.
duração. 108 min
ano.
1996

realização e argumento. the wachowski brothers.

protagonistas. jennifer tilly. gina gershon. joe pantoliano.
sinopse. duas mulheres planeiam roubar dinheiro à máfia e culpar o namorado de uma delas. [imdb]
 
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vi bound / sem limites há muitos anos e fiquei impressionada com a história, as protagonistas e o romance entre duas mulheres (um tema pouco comum no cinema). anos depois, muitos filmes passados, não tem o mesmo efeito em mim, mas permanece a mística; os wachowski são talentosos em todos os géneros em que deitam a mão (matrix é um dos meus filmes favoritos) .


violet é uma dondoca sustentada por caesar, que "lava" dinheiro para a máfia. aborrecida por um estilo de vida vazio, envolve-se com corky, uma ex-presidiária que está a remodelar um apartamento no prédio. juntas, as duas amantes planeiam o seu futuro: ficarem ricas com o dinheiro que caesar mantém em casa e usá-lo como bode expiatório, enquanto se põem a milhas.



adoro o look noir e o casal de protagonistas lésbico; é o que diferencia o filme de tantos outros de entre o género e do tema comum a tantos argumentos. quase duas décadas passadas, o filme envelheceu bem, outra característica dos irmãos wachowski.

há violência ou não houvesse mafiosos, há ganância ou não houvesse dinheiro ilícito, há sexo ou não houvesse traição. bound / sem limites é curto mas completo. a galeria de personagens é muitíssimo bem interpretada mas peca pela previsibilidade. tilly é perfeita como a burrinha que tem tanto de cérebro como de pernas; gershon tem o aspecto duro de uma criminosa (demasiado requintada em aspecto, mas nada é perfeito); pantoliano é o pau-mandado sem iniciativa que papa todas as mentiras que lhe dão com o ar de otário (e o penteado a condizer) que se espera.



um excelente exemplo de neo-noir e um bom thriller. 

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