segunda-feira, 28 de março de 2011

quills - as penas do desejo


título original.
QUILLS 

realização. philip kaufman.

argumento.
doug wright.
protagonistas. geoffrey rush. kate winslet. michael caine.


género.
drama. biografia.
duração. 124 min
ano.
2000

sinopse. encerrado num asilo, o marquês de sade continua a produzir os seus escritos, com a ajuda de uma lavadeira. quando a situação é descoberta, assiste-se a um confronto entre a liberdade de expressão e a censura estatal.


avaliação
[ muito bom ]

crítica. quills retrata a execução da pena de donatien alphonse françois de sade (rush), encerrado num  hospital psiquiátrico por acções altamente reprováveis num nobre intelectual. libertino e com uma língua imensamente afiada, escreve ininterruptamente, passando os escritos clandestinamente para o seu editor através da lavadeira madeleine (winslet), fã do marquês.

o asilo, dirigido pelo pio abade coulimer, destaca-se pela forma como os internados vivem no seu interior, praticando actividades como canto coral e teatro (sade dirige-os para interpretarem as suas sátiras e farsas cáusticas para uma plateia de fidalgos sedentos de diversão e malícia) e onde os costumeiros métodos de electrocussão e asfixia não são praticados.

de génio e de louco todos temos um pouco,
mas é indiscutível que sade levou uma porção maior

tudo muda quando sade se excede num livro e napoleão envia um reputado médico (caine) para vigiar o trabalho do abade director. o doutor defende a aplicação de castigos corporais específicos para curar os insanos e a sua chegada vai precipitar uma série de acontecimentos; paralelamente, aumentam a loucura e o descontrolo de sade.

quills é intenso e interessante, uma reflexão à moralidade. kaufman dirige o filme magistralmente, nunca caindo no erro de o fazer parecer uma biografia do escritor, mas sim um episódio na vida de um homem que tinha a perversão como norma de conduta. o argumento é inteligente e há erotismo q.b.


é um óptimo filme, recomendo.

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. murderer... your words... your words drove bouchon...
. oh, for fuck's sake, abbe! suppose one of your precious inmates attempted to walk on water and drowned. would you condemn the bible? i think not.


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