título original. alien: romulus.
género. terror. ficção científica.
duração. 1h 59min
ano. 2024
protagonistas. cailee spaeny. david jonsson. archie renaux. isabela merced. spike fearn. aileen wu. rosie ede.
rain (cailee spaeny, guerra civil) trabalha numa colónia mineira propriedade da weyland-yutani. quando acreditava ter atingido a sua quota de horas, é-lhe dito que ainda deve uns anos de trabalho manual até poder partir.
rain percebe, então, de que vai morrer antes de ver um cêntimo do dinheiro que gera para os seus empregadores. o mesmo se aplica à sua liberdade.
junta-se, então, a um grupo que planeia invadir uma estação espacial – a "renaissance". o plano é simples: forçar a entrada e utilizar as cápsulas criogénicas a bordo para fazer a viagem para um planeta soalheiro, bem longe dali.
rain vive com o seu “irmão” andróide, andy (david jonsson, industry). ele também tem uma função a executar no plano.
é esta equipa de operários espaciais em busca de uma vida melhor que seguimos, um grupo ignorante do facto de que estão a horas de se deparar com uma forma de vida aterradora.
o talento e habilidade de fede alvarez (don’t breathe, remake de evil dead) com o ritmo da história e aspectos visuais, e um claro amor à franquia de alien, asseguram a qualidade de alien: romulus. existem momentos divertidos, tensos, organicamente viscosos… e bons sustos.
fica ainda o sentimento de que o cineasta jogou pelo seguro, preferindo fazer uma homenagem a introduzir alguma inovação (e talvez falhar).
temporalmente, os acontecimentos de alien: romulus decorrem entre os de alien e os de aliens. mantém os temas de coragem, raciocínio rápido e uma luta quase impossível pela sobrevivência dos outros filmes da franquia.
para mim, o ponto mais fraco do filme é a presença de um ian holm ressuscitado digitalmente como rook, um andróide que se parece com ash, aquele que holm interpretou no primeiro alien – o actor faleceu em 2020. embora o cgi seja excelente noutras cenas, aqui não brilha.
noutros aspectos visuais, o filme mantém a estética industrial desgastada, a iluminação fraca e os jactos de vapor em corredores estreitos dos antecessores. fez-me também lembrar cenas do (excelente) videojogo alien: isolation, onde jogamos como a filha de ellen ripley.
os cenários não são tão claustrofóbicos como no primeiro filme, mas é uma das indicações de que fede alvarez compreende porque é que aquele continua a ser uma obra-prima. talvez por isso, também tenha usado frases icónicas dos dois primeiros filmes.
alien: romulus é o melhor da franquia desde aliens de james cameron.
imagens: google search engine
. did you hear about the miner who lost his left side ? he's all right now !
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