quinta-feira, 9 de março de 2023

gritos 6

 

[ bom ]

título original. scream 6.

género. terror. thriller.
duração. 2h 3min
ano.
 2023

realização. matt bettinelli-olpin. tyler gillett.
argumento. james vanderbilt. guy busick.

protagonistas. courteney cox. jenna ortega. melissa barrera. dermot mulroney. hayden panettiere. mason gooding. jasmin savoy brown. liana liberato. henry czerny.
sinopse. os sobreviventes deixaram woodsboro para começar uma nova vida em nova iorque. as coisas parecem estar a correr bem... até ghostface reaparecer para os assombrar mais uma vez. [imdb]
 
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gritos 6 é o sexto filme da franquia, iniciada com gritos em 1996, então pela batuta de wes craven, falecido em 2015.

desta feita, e depois do sucesso de gritos (2022), volta ao comando a companhia produtora conhecida por radio silence.

o cenário é nova iorque, substituindo a fictícia cidade de woodsboro.


Fonte: Image Search Engine

os quatro sobreviventes do último filme, autodenominados “core four”, querem começar de novo: as irmãs tara e sam carpenter, e os gémeos chad e mindy meeks-martin, ao que se juntam novos amigos e namorados. o quarteto ainda está a processar o trauma do confronto com os últimos ghostface e sam, em particular, sente-se ferozmente protetora da irmã mais nova, que deseja, com igual ferocidade, ter uma vida normal.

(pela primeira vez, nos 27 anos da franquia, neve campbell não volta como sidney prescott.)


Fonte: Image Search Engine

a franquia vingou por subverter os estereótipos dos filmes de terror recorrendo a uma dose (inteligente) de humor negro. gritos 6 não é diferente nesse aspecto e goza ainda mais consigo mesmo, admitindo ser parte de uma franquia que procura um novo fôlego.

mas incluir uns diálogos no filme que faz exatamente isso – uma alusão aos maus hábitos das franquias de terror, incluindo a série fictícia “stab”, um filme-dentro-de-um-filme que serve como substituto para aquele que se está a ver - não iliba os criadores de gritos 6 de acusações de preguiça e de reciclagem de fórmulas antigas, levando alguns fãs (eu incluída) a questionar se a franquia esgotou o filão.


Fonte: Image Search Engine

por exemplo, o monólogo habitual da geek de cinema de serviço, mindy, apesar de eficaz, é redundante e menos impactante que o do filme de 2022.

a reter: neste tipo de “sequela-reboot”, tudo é maior, mais violento e ninguém está seguro (protagonistas actuais e dos filmes anteriores incluídos).

a provar isto, há mais mortes e o próprio “core four” é mais atacado e agredido do que nunca. percebemos que não há forma de saber quem sobreviverá. o próprio ghostface é mais letal e longe vão os tempos em que escorregava em escadas ou levava com portas na cara – o ghostface de serviço está furioso e mais sanguinário do que nunca.

a violência é a triplicar e o sangue jorra das múltiplas agressões filmadas de perto pelas câmaras, sem deixar nada à imaginação.

 
Fonte: Image Search Engine
 

isso fortalece o filme no que toca à tensão, com a cena passada no metro (e que aparece parcialmente no trailer do filme) a criar uma sensação real de claustrofobia, assim como a cena passada no apartamento das carpenter.

os temas são diversos: legados culturais, franquias eternas e fãs fanáticos (toxic fandom), mas nada de verdadeiramente novo. o mesmo quanto à identidade do assassino, algo já visto.

 
Fonte: Image Search Engine

gritos 6 começa muito bem e de forma inovadora mas a qualidade não se mantém até ao fim, onde descamba. na minha opinião, não há um gritos verdadeiramente mau, mas este não é dos melhores, e é inferior ao antecessor de 2022.

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. i had this secret. there's a darkness inside of me, it followed me here. and it's going to keep coming for us .
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