domingo, 26 de fevereiro de 2012

imortais


título original. IMMORTALS

realização.
tarsem singh.
argumento.
charley e vlas parlapanides.

protagonistas. henry cavill. mickey rourke. john hurt. freida pinto.
género.
aventura. fantasia.
duração. 110 min
ano.
2011

sinopse. theseus é um mortal, escolhido por zeus para liderar a luta contra o cruel rei hyperion, que anda a espalhar o caos por toda a grécia. [imdb-do-filme]


 

avaliação [ fraco ]


crítica. imortais é um espectáculo visual de se lhe tirar o chapéu... e mais nada. o argumento é débil, os diálogos vazios e, tirando alguns momentos de acção, o saldo é um longo bocejo, onde se dá por muito mal empregue a estética apurada de um realizador bastante forte visualmente (basta ver a cela ou um sonho encantado para comprovar que tarsem singh adora brincar com o fantástico e o irreal).

na realidade, é essa mesma estética que nos mantém atentos ao filme, embora seja vã a espera que a história fique mais complexa ou que a acção menos fácil de prever. a beleza das cores, dos cenários e até dos actores sabem a pouco numa trama poucochinha.

umas das raras cenas sem cgi (o rapaz deu-lhe à séria no ginásio!)

histórias de deuses e mortais que se defrontam na luta pelo poder há muitas, mas esta está melhor ilustrada que a maioria. talvez por isso custe ver um fio de história tão vazio como pretexto e a mitologia grega completamente deturpada não ajuda; limitaram-se a usar nomes sonantes como zeus, minotauro e teseus para atrair espectadores e umas cenas de espadalhada para justificar o visionamento.

é uma pena que imortais seja tão fácil de esquecer, ficando apenas como um filme esteticamente agradável.

»»»


. fight for your future! fight for your name to survive! fight! for immortality !

»»»

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

millenium 1 - os homens que odeiam as mulheres




título original. MÄN SOM HATAR KVINNOR


realização. niels arden oplev.
argumento.
nikolaj arcel. rasmus heisterberg.
protagonistas. michael nyqvist. noomi rapace. ewa fröling.
género.
drama. thriller.
duração. 152 min
ano.
2009
sinopse. mikael blomkvist é um jornalista de meia-idade, que tem passado a sua vida a denunciar a corrupção financeira. quando um empresário, henrik vanger, o contrata para desvendar o desaparecimento da sua sobrinha, mikael vê-se envolvido numa teia de violência. [imdb-do-filme]

avaliação
[ razoável ]

crítica. finalmente mergulhei na trilogia millenium, do sueco stieg larsson. o primeiro livro é aliciante e deu origem a esta primeira adaptação cinematográfica, de 2009. neste momento, está nos cinemas o remake americano, feito por david fincher.

gostei bastante mais do livro e bem menos do filme que, apesar de ter cenas fortes, não capta o ambiente sombrio daquele e omite várias cenas e episódios que estão na obra; isso caiu-me mal porque desvirtuou as personagens e roubou-lhes grande parte da sua complexidade.


os primeiros 30 a 40 minutos do filme são bons, mas a partir daí a cronologia dos acontecimentos deixa de ser seguida e perde-se uma grande carga dramática, nomeadamente na descoberta do que realmente aconteceu a harriet e da verdade acerca da família vanger. os dilemas dos nossos protagonistas também são pouco explorados e parecem bastante mais desinteressantes no ecrã.


o filme faz jus ao nome; não faltam cenas de homens que odeiam mulheres

millenium 1 - os homens que odeiam as mulheres não tem o ritmo mais empolgante do mundo e duas horas e meia de filme tornam-se maçadoras, enquanto no livro não paramos de virar as páginas em ânsia. perto do final, as cenas parecem atabalhoadas.

os actores secundários encheram-me mais as medidas que os protagonistas e a bad girl lisbeth não tem o brilho que poderia ter. apesar disso, a interpretação de noomi rapace é dos pontos fortes do filme.

vou ver a versão de david ficher; o trailer está bastante apetecível.


»»»

. shut up about the victimizisation ! he almost killed you. he raped and murdered and he enjoyed it. he had the same chances as us to chose what he wanted to be. he was no victim. he was a sadistic motherfucker who hated women  .

»»»


domingo, 19 de fevereiro de 2012

uma mulher de sucesso




título original. WORKING GIRL

realização.
mike nichols.

argumento. stephen susco.
protagonistas. harrison ford. melanie griffith. sigourney weaver.
género.
comédia. romance.
duração. 113 min
ano.
1988

sinopse. tess é uma secretária inteligente que quer vingar em wall street. ao ir trabalhar para katharine parker, conta-lhe uma das suas ideias, apenas para descobrir que a nova chefe a pretende usar como sua. quando katharine se ausenta, tess aproveita a rede de contactos da chefe para tentar singrar. [imdb-do-filme]

avaliação
[ bom ]

crítica. uma mulher de sucesso é um dos meus filmes de miúda; não tenho ideia de quantas vezes o vi, só posso dizer que foram muitas. vi-o inicialmente por ser fã da saga alien e indiana jones e por ter a sigourney weaver e o harrison "indy" ford, mas fiquei rendida à história protagonizada por melanie griffith (é um dos poucos filmes que gostei de ver com ela).

tess é uma secretária de classe média-baixa que sonha em ser alguém no mundo financeiro. faz mini-cursos e está atenta ao mercado, mas ninguém a leva a sério. quando vai trabalhar para katharine parker, as coisas parecem ir bem; parker é uma mulher respeitada e poderosa num mundo masculino e está receptiva ao que tess tem para dizer.


os penteados à lá anos 80 são de fugir (sem contar com os mega-chumaços)

até ao dia em que tess descobre que a chefe pretende usar uma ideia sua sem lhe dizer. desapontada, decide virar o bico ao prego, servindo-se da posição e contactos da big boss para conseguir ser ouvida. pelo meio, conhece o nosso indiana jones, os dois batalham pela ideia de tess, apaixonam-se e o resto é filme.

uma mulher de sucesso mostra como a luta pelos nossos sonhos pode custar tudo o que temos, principalmente quando se usa a mentira e o engano. claro que tudo acaba bem (afinal, é uma comédia romântica), mas até ao final não faltam peripécias e reviravoltas.


o argumento é banal e o que marca a diferença são os actores, que destacam o filme e lhe dão qualidade. melanie griffith está melhor que o habitual e a sua vozinha de bebé irrita menos que o costume; joan cusack rouba todas as cenas em que aparece e é engraçado ver actores conhecidos actualmente em papéis pequeninos, quando ainda estavam a começar carreira (como kevin spacey e oliver platt).

um filme despretensioso,
que actualmente pouco tem de relevante mas que marcou pelo tema na altura em que foi lançado.

»»»

. can i get ya anything ? coffee ? tea ? me ?

»»»

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

veio do outro mundo







título original. THE THING

realização.
john carpenter.

argumento. bill lancaster.
protagonistas. kurt russell. keith david. wilford brimley.
género.
terror. ficção científica.
duração. 109 min
ano.
1982

sinopse. um grupo de cientistas destacados na antárctica depara-se com um alienígena que assume o aspecto daqueles que mata. [imdb-do-filme]



avaliação
[ muito bom ]

crítica. the thing / veio do outro mundo é um dos trabalhos maiores de john carpenter, que já assumiu que este foi o filme que mais gozo lhe deu fazer. adaptado de um conto de 1938, intitulado who goes there?, de john w campbell jr, já foi alvo de três adaptações ao cinema, todas em décadas diferentes e igualmente bem sucedidas.

a história passa-se na antárctica, onde um grupo de cientistas americanos se prepara para uma tempestade polar que os vai isolar (ainda mais) do resto do mundo. ao mesmo tempo, descobrem que um organismo extra-terrestre se infiltrou no posto e assumiu a forma de alguns deles, constituindo uma ameaça se conseguir chegar à civilização. sem saída, os homens tentam descobrir quem foi "possuído" e matá-lo, instalando-se a paranóia e a desconfiança.

apesar dos efeitos especiais pioneiros, algumas cenas não resultaram muito bem...

para um filme de 1982, the thing / veio do outro mundo é excelente, com efeitos especiais de ponta e um visual extremamente bem conseguido, que envelheceu muito bem (e poderia ter envelhecido ainda melhor não fossem os penteados e alguns adereços de moda).

o clima de isolamento e desespero está bem patente e o filme avança a bom ritmo, com uma história interessante. kurt russell está fantástico como mcready e o elenco acompanha-lhe a passada, retratando bem o desespero. deste lado, não sabemos quem é quem e envolvemo-nos com gosto na acção
.


a música é atmosférica qb e acompanha na perfeição o crescendo da tensão no ecrã; o argumento é inteligente e bem estruturado; conseguimos perceber que o alien quer viver e que faz tudo para o conseguir, mas os humanos não lhe facilitam a tarefa, tornando a acção apetecível de se seguir. no geral, um filme muito bem conseguido, com um desfecho que se adivinha mas que não deixa de ser bom.

um filme de culto, absolutamente indispensável
.

»»»
i know I'm human. and if you were all these things, then you'd just attack me right now, so some of you are still human. this thing doesn't want to show itself, it wants to hide inside an imitation. it'll fight if it has to, but it's vulnerable out in the open. if it takes us over, then it has no more enemies, nobody left to kill it. and then it's won .
»»»


domingo, 5 de fevereiro de 2012

the grudge - a maldição




título original. THE GRUDGE

realização.
takashi shimizu.

argumento. stephen susco.
protagonistas. sarah michelle gellar. bill pullman. ted raimi.
género.
terror.
duração. 92 min
ano.
2004

sinopse. karen é uma estudante americana de serviço social a estagiar em tóquio; um dia, tem de substituir uma colega quando ela desaparece sem aviso, a mais recente vítima de uma série de mortes misteriosas numa casa assombrada. [imdb-do-filme]


avaliação
[ razoável ]

crítica. the grudge - a maldição é o remake americano de um filme japonês chamado ju-on, escrito e realizado pelo mesmo realizador deste (como conseguiu estar por trás das duas versões não faço ideia, poi$ não).

a história passa-se em tóquio, numa casa deserta há meses que é finalmente arrendada por uma família americana recém-chegada ao país. o tipo da imobiliária não lhes diz nada, mas não demora muito que os novos residentes descubram que não estão sozinhos na casa, co-habitada por par de fantasmas assustador. quem passa pela casa fica marcado e todos os que lá passam não se livram de uma visitinha do outro mundo mais cedo ou mais tarde.


pelo ar pálido e assustado, calculo que a outra comeu feijão ao jantar...

a nível de terror, o filme não é mau; o cinema japonês não faz jogos de luzes nem de ângulos para esconder os vilões; desde o início que vemos quem persegue e mata, não vemos é como, mas adivinha-se ser terrível.

o uso do som e da linguagem corporal (aqueles olhos esbugalhados e contorções de corpo têm o efeito desejado) é determinante para o factor susto, sendo que os fantasmas (principalmente o petiz) são realmente assustadores e aquele coaxar que fazem antes de surgir fazem com que nos afundemos no sofá
de cada vez que o ouvimos.


o menos conseguido no filme (embora ultrapassável) é a forma como a história é contada, com avanços e recuos temporais contínuos e poucos esclarecimentos; tem de se ver com atenção para perceber a sucessão de acontecimentos, que nunca são explicados. também não creio que o elenco de actores estrangeiros escolhidos tenha sido o melhor, com tónica na protagonista (a buffy) e no professor suicida (bill pullman), que não convencem nada.

um filme de terror razoável, que se vê melhor à noite, com as luzes apagadas
.

»»»

. croakkkkkkkkkkkkkkkk!

»»»


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...